Um pisão no pé é o motivo para atirarem em um garoto sonhador? Essa foi a pergunta feita pelo pai de um jogador baleado no réveillon. Kauan, um jovem de 18 anos, estava em coma induzido devido a um disparo na cabeça feito por um traficante, após um desentendimento por causa de um simples pisão no pé. O pai do rapaz, Renato Pereira, ficou indignado com a situação e questionou a brutalidade do ato. A vítima foi internada em estado gravíssimo, em um hospital na Baixada Fluminense, e seu estado de saúde preocupava a todos.
Renato relembrou os últimos momentos ao lado do filho e como a virada do ano foi marcada por uma mensagem do Exército indicando que Kauan serviria em uma Brigada de Infantaria Paraquedista. O jovem estava radiante com a notícia e mostrava toda sua alegria, revelando seus dois grandes sonhos: ser jogador de futebol e paraquedista. Mas, infelizmente, sua noite acabou de forma trágica, após ter recebido um tiro à queima-roupa, deixando todos chocados com a brutalidade do crime.
A polícia iniciou as investigações para apurar se o traficante responsável pelo disparo foi morto por determinação do Comando Vermelho, facção criminosa atuante na região. O suspeito, conhecido como ‘Testa de Ferro’, era apontado como chefe do tráfico de drogas na comunidade de São Simão, em Queimados. O desentendimento envolvendo um simples pisão no pé acabou em uma tragédia que chocou não só a família da vítima, mas toda a população local.
O pai de Kauan chegou ao Hospital da Posse em busca de notícias sobre o filho, que lutava por sua vida após o ato covarde. O clamor por justiça ecoava nos corredores do hospital, repleto de preocupação e indignação com a violência que assola a região. O adolescente, descrito como um menino estudioso e sonhador, sempre foi motivo de orgulho para sua família, que agora espera que os responsáveis sejam identificados e punidos de acordo com a lei.
A comunidade se mobilizou em busca de respostas e de medidas efetivas para combater a violência que assola a região. A comoção diante de mais um ato brutal por motivos banais levanta questões sobre a segurança pública e a necessidade de políticas mais eficazes para evitar tragédias como a vivida por Kauan e sua família. Enquanto isso, o jovem permanece lutando pela vida, em meio a um cenário de violência que parece não ter fim.