Última atualização 06/01/2023 | 09:37
Tapetes e sofás rasgados, piso danificado, infiltração, ausência de móveis e de obras de arte. É isso que foi encontrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela primeira-dama, Janja Lula da Silva, na mudança para o Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente da República em Brasília.
Os estragos foram mostrados por Janja em entrevista ao GloboNews, que foi ao ar nesta quinta-feira, 5. “O que a gente percebe é que não teve cuidado, não teve manutenção”, disse a esposa de Lula.
O estado geral do edifício exige reparos. Devido a isso, Lula e Janja não irão se mudar tão cedo para o Palácio. A expectativa é que eles passem a residir no local em 20 dias, já que a mudança será feita apenas quando um inventário sobre os objetos que foram entregues for finalizado.
Outra preocupação no palácio está no rastreamento de objetos que foram retirados de lá, e não foram registrados na mudança. Os objetos serão procurados em um depósito que pertence à residência oficial.
Além dos destroços e sumiços, outros objetos não retirados do ex-presidente Jair Bolsonaro foram encontrados no local. Um dos exemplos é uma caneta BIC, que estava sobre a mesa da biblioteca oficial, equipamentos de vídeo utilizados nas lives do ex-mandatário, peças de roupas de Michelle Bolsonaro e até um cilindro de oxigênio, que foi encontrado no quarto principal do Palácio.
Tombamento material
Com o sumiço de peças e deterioração do espaço, a primeira-dama planeja ”tombar” também as obras de arte e mobiliário que fazem parte do local. “Estamos pensando em fazer o tombamento das coisas que estão dentro do Alvorada. Para que não aconteça mais isso, de um governante chegar e retirar as coisas que são patrimônio do Estado brasileiro”, disse.
O Alvorada é a residência oficial da Presidência da República desde 1958. O edifício icônico conta com 7 mil m² e foi o primeiro construído em Brasília, com uma importância para a arquitetura e história do Brasil.
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