Pit-Dogs podem se tornar patrimônio histórico e cultural em Goiânia

Pit-Dogs podem se tornar patrimônio histórico e cultural em Goiânia

“Nosso funcionamento é constantemente ameaçado pela falta de uma legislação específica que regulamente a atividade. O tombamento é uma possibilidade que irá promover a padronização das sanduicherias e  a inclusão dos lanches na gastronomia nacional”

Ícones da cultura gastronômica de rua de Goiânia, os famosos Pit-Dogs poderão ser agraciados com um reconhecimento legislativo. Foi aprovado, em primeira votação na Câmara Municipal, projeto de lei com objetivo de tornar as sanduicherias patrimônio histórico e cultural da capital. Caso o dispositivo seja aprovado e, sancionado, lanchonetes não poderão ser removidas ou modificadas sem autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O projeto é de autoria dos vereadores Alyson Lima (PRB) e Zander Costa (PEN),com objetivo de valorizar e dar segurança aos estabelecimentos tipicamente goianienses. Alyson Lima acredita que são no mínimo, 50 anos de presença desses estabelecimentos na capital, os quais enfrentam um momento de “fragilidade”, no que diz respeito a importância histórica que eles representam. “Pouco tempo atrás havia na prefeitura um calendário de demolição de 35 estabelecimentos em situação irregular, que foi suspenso. Então, este é um presente, com o qual poderão ter acesso a mais linhas de crédito, além de terem mais segurança para desempenhar a atividade, que é geradora de tantos empregos”, destaca.

Porém, caso a proposta seja aprovada, nem todos os estabelecimentos serão tombados. “O projeto ainda será debatido com outros vereadores, passará pela análise de comissões e iremos, isso ainda não foi feito, buscar a construção de uma agenda com Iphan para elaboração de critérios para moldar os tombamentos”, afirma.

O presidente do Sindicato dos Proprietários de Pit-Dog (Sindpit-Dog), Ademilson Godoy, a iniciativa é um reconhecimento a resistência desses estabelecimentos. Um Pit-Dog no Setor Marista chegou a ser removido forçadamente em fevereiro deste ano. A demolição causou a revolta da categoria, que conseguiu suspender, parcialmente, a execução. “Nosso funcionamento é constantemente ameaçado pela falta de uma legislação específica que regulamente a atividade. O tombamento é uma possibilidade que irá promover a padronização das sanduicherias e  a inclusão dos lanches na gastronomia nacional”, ressalta.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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