PL 825/2024: ampliação do prazo para eletrificação de ônibus em SP gera polêmica e críticas

A Câmara votou um projeto de lei que tem gerado polêmica. O presidente da Câmara de São Paulo, Milton Leite, propôs o PL 825/2024, que amplia o prazo para a eletrificação da frota de ônibus municipais até 2054. Essa proposta causou surpresa e críticas por dilatar em 16 anos um limite que já tinha sido estendido em 2018 para 2038. O projeto é visto como uma bomba na mobilidade urbana e na política ambiental da cidade.

O PL de Leite foi proposto e aprovado em primeira votação rapidamente, sem discussões prévias com a sociedade civil. Atualmente, apenas 3,7% dos coletivos da capital paulista são elétricos. O projeto também posterga a substituição parcial dos ônibus movidos a energia limpa, anteriormente prevista para 2028, para 2044. Além disso, a proposta acaba com a proibição de inserção de novos ônibus diesel no sistema de transporte, medida em vigor desde 2022.

A proximidade de Milton Leite com o setor de transportes públicos já gerou investigações. A proposta do presidente da Câmara vem recebendo críticas, pois também permite que empresários compensem emissões comprando créditos de carbono, o que acaba impactando a efetividade da Lei do Clima. A sociedade social se manifestou contrariamente ao PL, destacando a falta de infraestrutura para reabastecimento dos veículos elétricos.

A Enel, empresa responsável pelo abastecimento de energia, afirma estar trabalhando junto aos operadores para encontrar soluções para a infraestrutura necessária. A Prefeitura de São Paulo alega que aguarda a tramitação do projeto, destacando que a cidade já possui a maior frota de ônibus elétricos do país. Entretanto, São Paulo descumprirá a meta de 20% da frota com energia limpa até o fim do ano.

Diante das discussões e polêmicas, a sociedade civil se mostra preocupada com os impactos do PL na mobilidade urbana e no meio ambiente. A falta de diálogo e transparência na elaboração do projeto levanta questionamentos sobre os interesses envolvidos. A pressão por soluções sustentáveis e eficazes se faz necessária para garantir um futuro mais limpo e saudável para a cidade.

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Eleições 2026: Haddad favorito à sucessão de Lula; Michelle lidera para substituir Bolsonaro

Quaest: Haddad é o favorito à sucessão de Lula; Michelle, de Bolsonaro

Uma pesquisa realizada pela Quaest questionou os eleitores sobre os possíveis nomes que poderiam substituir Lula e Bolsonaro, caso esses líderes não concorram à presidência em 2026. O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (12/12), aponta que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), é o favorito para substituir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso o chefe do Executivo opte por não concorrer à reeleição em 2026.

Sem a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é apontada como o nome mais forte para disputar a presidência contra Lula. A pesquisa também questionou quem deveria ser o candidato do governo, caso Lula não concorra ao pleito de 2026. Para 27% dos entrevistados, Haddad é o nome mais indicado, seguido por Ciro Gomes (17%) e Geraldo Alckmin (14%).

Outros possíveis candidatos, como o governador do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), o ministro Rui Costa (PT) e a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), obtiveram menos de 5% da preferência dos entrevistados. Por fim, 33% dos participantes da pesquisa não souberam ou não responderam.

Na oposição, Michelle Bolsonaro foi apontada por 21% dos entrevistados como o nome mais forte para enfrentar Lula em um cenário sem a presença de Bolsonaro. Em seguida, aparecem Pablo Marçal (18%), Tarcísio de Freitas (17%) e Simone Tebet (10%), atual ministra do Planejamento e Orçamento de Lula. Governadores como Ratinho Júnior (PSD), Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil) foram mencionados com menos de 10% de preferência. Outros 21% dos entrevistados não souberam ou não responderam.

A pesquisa, que ouviu 9.598 brasileiros entre os dias 4 e 9 de dezembro, possui uma margem de erro de um ponto percentual e um nível de confiança de 95%. Para mais informações e dados sobre o levantamento, consulte a pesquisa completa realizada pela Quaest.

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