Aquecimento global pode chegar a 3ºC, aponta relatório da ONU

Uma análise publicada pela Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira, 20, em Londres, revelou que o aquecimento global pode chegar aos 3ºC neste século apesar das iniciativas dos países para reverter as mudanças climáticas.

O chamado “Relatório Anual sobre a Lacuna de Emissões” avalia os deveres das nações no combate ás mudanças climáticas relacionados a necessidade do planeta. Ele descobriu que se os governos não agirem rápido, temperaturas altas entre 2,5º e 2,9ºC acima do período pré-industrial podem afetar a climatização do mundo.

Os cientistas alertam que se o aquecimento chegar a 3ºC o mundo poderá sofrer com consequências irreversíveis. Um exemplo disso é o derretimento dos lenções de gelo e a seca da Floresta Amazônica.

“As tendências atuais estão levando nosso planeta a um aumento de temperatura de 3ºC. A lacuna de emissões está mais como um desfiladeiro do emissões”, explicou o secretário-geral da ONU António Guterres.

Ainda que as informações não sejam nada boas, o estudo aponta que as emissões precisariam cair 42% até 2030 para amenizar o calor dentro de 1,5 graus definido no acordo. As chances para alcançar esse objetivo é de apenas 14%.

Conforme a ONU, as emissões que causam o efeito estufa tiveram aumento de 1,2% no período entre 2021 e 2022, para aproximadamente 57,4 gigatoneladas de dióxido de carbono.

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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