O relator da CPI mista do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), apresentou nesta terça-feira (26) um plano de ações que vai guiar os trabalhos do colegiado. O documento ainda será analisado pela comissão. A liderança do governo sinalizou que pretende colocar a proposta em votação; a oposição, por outro lado, afirma que o procedimento não tem previsão regimental.
Gaspar foi indicado ao cargo pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), que derrotou, em uma reviravolta na última semana, um indicado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). A CPI vai investigar fraudes em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social, estimadas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) em até R$ 6,3 bilhões.
O esquema envolvia descontos mensais não autorizados em benefícios previdenciários. Segundo as investigações, entidades ligadas ao setor teriam forjado cadastros para validar cobranças indevidas, sem ter capacidade de prestar serviços aos aposentados e pensionistas. Além disso, foi constatada ações fraudulentas que resultaram em prejuízos financeiros significativos ao órgão previdenciário.
As investigações apontam para um esquema sofisticado de corrupção que envolvia diversos agentes públicos e privados. A CPI do INSS tem como objetivo apurar não apenas as irregularidades já identificadas, mas desmantelar toda a estrutura criminosa por trás dessas fraudes. O deputado Alfredo Gaspar terá a responsabilidade de conduzir as investigações e apresentar um relatório completo ao final dos trabalhos.
A sociedade espera que a CPI do INSS seja eficiente e transparente em suas ações, visando punir os culpados e propor medidas para evitar que casos semelhantes voltem a ocorrer. A atuação dos parlamentares e a colaboração de órgãos de fiscalização como a Polícia Federal e a CGU serão fundamentais para o sucesso das investigações. A busca pela verdade e pela justiça deve guiar os trabalhos da comissão, em prol da proteção dos direitos dos beneficiários do INSS.