Plano de Drenagem Urbana de Goiânia: novos equipamentos ajudam na coleta de dados

Plano de Drenagem Urbana de Goiânia: novos equipamentos ajudam na coleta de dados

Pesquisadores que desenvolvem o Plano de Drenagem Urbana de Goiânia receberam novos equipamentos que vão auxiliar no trabalho. O objetivo é agilizar a coleta de dados para a conclusão do documento, que está sendo elaborado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) em parceria com a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra).

Trata-se do o laser aerotransportado com tecnologia light detecting and ranging (Lidar) 200+, da marca Topodrone. O equipamento é acoplado em drones e tem a função de coletar informações da superfície do terreno para que, a partir dos dados adquiridos, seja possível gerar um Modelo Digital de Terreno (MDT).

“É um equipamento sofisticado, pois ao fazer varredura da superfície do terreno, ele age como um scanner, ‘lendo’ todo contorno da superfície”, explica a pesquisadora Kamilla Almeida, que é graduada em Geoprocessamento (IFG) e doutora em Ciências Ambientais (UFG).

A equipe também recebeu dois pares de receptores GNSS (Global Navigation Satellite System), equipamentos de alta precisão que têm a função de coletar as coordenadas de determinados pontos de interesse no terreno, auxiliar na navegação e no levantamento de dados específicos do solo.

Na etapa de processamento de dados, o uso dos drones e do laser scanner terrestre e aerotransportado ajudará na modelagem hidrodinâmica dos canais. Com esses produtos, a expectativa é de que sejam identificados os possíveis cenários de inundações em diversas regiões do município, para que a solução seja encontrada, com a redução dos impactos causados pelas enchentes na cidade.

“Os drones, por exemplo, ajudam na composição dos ortomosaicos, ou seja, no processamento das fotografias por eles captadas. Eles também unem as imagens para que a equipe técnica consiga ter uma visão mais completa do terreno”, esclarece o professor da UFG e coordenador do Plano de Drenagem, Klebber Formiga.

Alguns dos equipamentos são de uso rotineiro em projetos de engenharia, porém outros são específicos para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de Goiânia. Eles podem ser considerados a ponte facilitadora dos estudos, por atuarem na aquisição de dados ao longo dos canais da Capital. A equipe técnica espera que as demandas do Plano possam ser atendidas de forma mais rápida, de modo que diferentes grupos de pesquisadores possam se deslocar simultaneamente para o trabalho de coleta de dados.

Plano de Drenagem Urbana

O Plano de Drenagem Urbana de Goiânia está sendo desenvolvido pela Universidade Federal de Goiás (UFG) a partir do protocolo de intenções assinado com a Prefeitura de Goiânia em fevereiro deste ano.

“Nosso objetivo é que tenhamos solução para Goiânia nos próximos 10, 15, 20 anos. A UFG realiza um estudo aprofundado com um corpo técnico que conhece a cidade. Mas, enquanto isso, a Prefeitura trabalha em soluções para pontos de alagamento, que são as obras de drenagem que estão sendo feitas pela cidade”, destaca o prefeito Rogério.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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