Plano de Recuperação de Áreas Degradadas começa a ser executado no Morro da Serrinha

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria-Geral de Governo (SGG), acompanha a execução do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad) no Morro da Serrinha, em Goiânia. O trabalho teve início na última quarta-feira, 25, com limpeza do terreno e combate a formigas a cargo da empresa Ecovel Ltda, que venceu o pregão eletrônico para prestação dos serviços.

A fiscalização é feita pela Subsecretaria de Políticas para Cidades e Transporte da SGG. De acordo com a gerente de Políticas e Programas da Região Metropolitana de Goiânia, Maria de Fátima Oliveira, a empresa deve cumprir o cronograma previsto. “Essa é uma área muito importante da cidade, que deve ser preservada e totalmente revitalizada. Contamos com a conscientização da população para evitar queimadas no local”, afirma ela.

O contrato com a empresa tem validade até 18 de junho de 2030. As etapas de recuperação, previstas para este ano, ainda contemplam preparo do solo, espaçamento e alinhamento, coveamento (abertura das covas), plantio e adubação.

Placas informativas sobre a proibição de descarte de lixo e entulho foram instaladas na área do Morro da Serrinha, que também foi cercada e identificada como propriedade do Estado. A prática de descarte de lixo e entulho é considerada crime pelo Artigo 54 da Lei Federal 9.605/1998, com previsão de pena de um a quatro anos, além do pagamento de multa.

Plantio

Em novembro, a empresa deve iniciar o plantio de cerca de 5 mil mudas de espécies nativas ao longo de uma área de 4,3 hectares. Esta etapa deve durar dois anos, com acompanhamento técnico por três anos. No total, o parque possui mais de 11 hectares. A Ecovel Ltda será responsável pela manutenção da área degradada em recuperação, com a reposição das mudas plantadas, bem como a substituição daquelas que apresentarem pouco desenvolvimento e ainda adotar as providências necessárias para evitar a morte das espécies plantadas.

Também deverá fazer o monitoramento e a comprovação do cumprimento de cada etapa do projeto de recuperação de área degradada, mediante apresentação de relatórios periódicos, no mínimo semestrais, com fotografias atuais do local, comprovando o cumprimento das obrigações e detalhando as atividades desenvolvidas e os recursos utilizados, confrontando-as com as estipulações do projeto aprovado.

Ainda deverão ser adotadas, anualmente, medidas de prevenção a incêndios e queimadas na área, apresentando ao Ministério Público o relatório das atividades desenvolvidas.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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