Em Goiânia, Hapvida bloqueia comentários de clientes nas redes sociais

Alvo de diversas reclamações, o plano de saúde Hapvida, que opera em Goiânia, limitou os comentários nas publicações feitas nas redes sociais. Com isso, novos clientes “caem na teia” da concessionária, não recomendada por grande parte dos pacientes.

Com o filtro que limita os comentários, alguns clientes goianos acabam buscando o canal nacional da cooperativa no Instagram para tornar público o problema que enfrentam e também expressar a insatisfação com a qualidade do serviço prestado.

Classificado como o “pior plano do Brasil”, segundo vários internautas, o Hapvida destaca-se quando o assunto é a falta de especialistas para atender os pacientes. Nas redes sociais, indignados, clientes da cooperativa relatam esperar durante meses para conseguir uma consulta simples.

Em alguns comentários, internautas levantam a possibilidade de a concessionária estar falida ou, pelo menos, com dificuldades financeiras. Já outros apenas classificam a gestão como “incompetente”. Para quem ama um desafio, o plano é uma opção surpreendente, já que conseguir uma cirurgia mais parece uma prova de resistência. Já os “sortudos” que conseguem atendimento em uma das unidades de saúde o classifica como ‘desumano’.

Na página oficial do plano nas redes sociais, você encontra posts com “propagando enganosa” dos serviços prestados pela cooperativa. Além da “enxurrada” de reclamações nos comentários.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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