Plano Diretor chega a Câmara de Goiânia sem participação popular

Fachada da Câmara Municipal de Goiânia

A Prefeitura de Goiânia enviou hoje (01) a revisão do Plano Diretor (PD) da capital para a Câmara Municipal de Goiânia. A intenção do Paço é de que o documento seja aprovado ainda neste ano, com tramitação rápida, assim como foi com o Código Tributário do Município (CTM).O texto foi enviado para a Casa sem seguir a recomendação do Ministério Público de Goiás (MPGO), o qual pediu a participação popular na proposta.

O projeto deve ser lido em plenário na próxima semana, já que amanhã (2) não terá sessão na Casa, devido a um problema no sistema eletrônico de votação das matérias. Depois, será enviado para a Comissão Mista, onde é escolhido um relator da proposta e as sugestões de emendas dos vereadores, poderão ser acatadas ou não.

Participação da população

A recomendação do MPGO foi entregue ontem (30) à gestão municipal e sugeria que o prefeito Rogério Cruz (Republicanos), antes de enviar o documento à Câmara, pudesse garantir que as conclusões do grupo de trabalho criado pelo município para analisar o texto fosse submetida ao Conselho Municipal de Política Urbana (Compur). Além da participação efetiva do Compur, com todos os seus membros, o documento também precisaria ser enviado às associações de moradores e conselhos de classe profissional interessados, o que não ocorreu.

O jornal Diário do Estado entrou em contato com o MPGO e foi informado que a Prefeitura de Goiânia tem até segunda-feira (06) para dar uma resposta referente a recomendação.

Ainda, segundo o MPGO, a medida serve para que toda a sociedade conheça o documento que foi alterado pelo grupo de trabalho, visto que o PD trata sobre uso do terreno em todo o município e as prioridades da cidade nos próximos 10 anos “A recomendação pondera sobre a necessidade de conferir transparência, bem como prévio conhecimento dos fundamentos e dos estudos técnicos, se houver, que justificaram as alterações propostas ao Projeto de Atualização do Plano Diretor de Goiânia”, afirma o MPGO.

Consequências

É apontado que, caso haja o descumprimento na elaboração do projeto de revisão do PD, a Prefeitura de Goiânia pode responder por improbidade administrativa, além de suscitar questionamentos acerca legalidade ou constitucionalidade no projeto.

Votação rápida

Na última segunda-feira (29), o Diário do Estado perguntou ao vereador Mauro Rubem (PT) se o PD poderia ainda ser votado e aprovado na Câmara neste ano, o vereador disse que “Estou vendo movimentações para ser. Tudo pode acontecer”, visto que o CTM foi votado em menos de um mês.

Vereador Mauro Rubem (PT) é contra a votação acelerada do Plano Diretor de Goiânia (Foto: Assessoria do vereador)

Mauro critica a velocidade da votação “isso coloca em risco a qualidade de vida das pessoas e torna a cidade mais cara, impedindo as camadas populares de ter uma moradia”, afirma.

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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