Plano Diretor de Attílio Corrêa Lima é oficializado como o primeiro de Goiânia

Nesta quinta-feira, 24, o  prefeito de Goiânia, Iris Rezende, sancionou a Lei que reconhece, oficialmente, que o plano apresentado pelo arquiteto e urbanista Attílio Corrêa Lima como o primeiro Plano Diretor da capital. O projeto de Lei foi de autoria da vereadora Cristina Lopes.

O prefeito Iris Rezende, durante a cerimônia de sanção, falou sobre a importância do arquiteto e urbanista na criação da capital. “É um justo reconhecimento ao homem que projetou os primeiros traçados da nossa cidade. Sinto-me bastante emocionado em ter sido na minha administração essa homenagem”, disse o prefeito.

Para a autora do projeto de Lei, a vereadora Cristina Lopes, o reconhecimento além de valorizar a história da capital, objetiva entender como a cidade foi projetada por Attílio com seus princípios de sustentabilidade e paradigmas urbanísticos.

“É de suma importância, nesse momento em que o Plano Diretor de Goiânia está em revisão, que olhemos para o passado e reconheçamos o trabalho do arquiteto e urbanista Attílio Corrêa Lima. Trata-se também de justiça feita a um grande homem, que foi um visionário”, declarou Cristina.

O Plano Diretor oficial de Attilio Corrêa Lima estará disponível nos  sites oficiais da Prefeitura e da Câmara Municipal de Goiânia. Ele será digitalizado e publicado nas plataformas nos próximos dias.

1° Plano Diretor

Entre os anos de 1932 e 1935, Attílio Corrêa Lima, formado na Sorbonne, em Paris, foi indicado pelo interventor Pedro Ludovico Teixeira para criar um plano plano urbanístico do núcleo inicial da capital, que tinha 50 mil habitantes. O plano foi entregue em 1935, porém, devido a questões  políticas e de especulação imobiliária, não foi reconhecido como o primeiro.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp