O novo Plano Diretor de Fortaleza traz consigo critérios específicos para a construção de superprédios na cidade. Uma tendência que está se consolidando na capital cearense, com essas construções imponentes que se erguem ao longo da orla, despertando debates sobre infraestrutura, planejamento e impactos ambientais. O primeiro superprédio entregue na cidade foi o One Residencial, com 50 andares, 170 metros de altura e uma vista privilegiada para diversas regiões da cidade. Outros empreendimentos semelhantes estão em andamento na região.
A construção dos gigantes imobiliários traz à tona discussões sensíveis sobre desenvolvimento urbano, impacto ambiental e infraestrutura. Enquanto alguns moradores como Maria Liliane acreditam que esses projetos impulsionam a cidade e atraem turistas, outros como Kátia Reis expressam preocupações sobre a interferência na parte turística e visual da cidade. A cidade precisa encontrar um equilíbrio para sua expansão urbana.
O novo Plano Diretor Participativo e Sustentável de Fortaleza, em fase de elaboração, aborda a questão das mega edificações, propondo regras claras para a construção de superprédios. Com alturas máximas definidas de acordo com a região, o plano traz zonas onde a construção de superprédios é permitida e outras áreas onde a altura máxima é limitada, visando preservar características específicas do território.
Além disso, o plano prevê instrumentos como as outorgas onerosas, que permitem flexibilizar a altura máxima dos prédios mediante pagamento ao município. Essa arrecadação é destinada ao Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, que direciona ações municipais, como regularização fundiária e construção de habitação de interesse social. A ideia é garantir que o crescimento da cidade seja benéfico para toda a população.
A regulamentação e o estímulo a construções de uso misto também são abordados no novo Plano Diretor, visando equilibrar a expansão imobiliária com a preservação de espaços e atividades tradicionais da cidade. A criação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano é apontada como uma medida importante para debater e aplicar as leis complementares relacionadas ao Plano Diretor, garantindo que as decisões sejam baseadas em critérios técnicos que visem uma cidade mais equilibrada.
É fundamental que os interesses do mercado imobiliário estejam alinhados com os da cidade, priorizando o diálogo e a busca por soluções que beneficiem a todos. O crescimento urbano de Fortaleza deve ser pautado na sustentabilidade, no respeito ao meio ambiente e na promoção de um desenvolvimento equilibrado. Com planejamento e regulamentação adequados, a cidade pode crescer de forma harmoniosa, preservando sua identidade e qualidade de vida para seus moradores.




