Plano Diretor de Goiânia será votado nesta quinta-feira, na Câmara Municipal

Em meio ao desgaste político que o aumento do novo Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) causou entre os vereadores da Câmara Municipal de Goiânia, outro projeto polêmico, o Plano Diretor de Goiânia (PDG), já está na pauta dessa semana e poderá ser votado na sessão de amanhã (3). O PDG tem sido alvo de grandes críticas, principalmente pela rapidez em sua tramitação.

Nos bastidores da Casa, a expectativa era de que a matéria não entraria para votação tão rápido assim, já que o documento retornou à Câmara no início de dezembro do ano passado. Ao menos cinco parlamentares devem propor emendas que modificam o projeto aprovado na Comissão Mista, sob relatoria da vereadora Sabrina Garcez (PSD). É provável que a base do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) rejeite as sugestões, visto que as emendas dependem do voto favorável de 18 vereadores em plenário.

Uma das vereadoras que irá propor modificações é Aava Santiago (PSDB). Ela, inclusive, montou um grupo de trabalho para discutir o assunto “Buscamos reformular os pontos sensíveis, de forma a alinhá-los a critérios de sustentabilidade e a garantir que o desenvolvimento da cidade seja acompanhado pela preservação de nascentes, de áreas verdes e de regiões de valor histórico, além de garantir o uso racional da infraestrutura urbana, com um modelo de adensamento responsável, em contraposição à verticalização desregrada”, argumenta.

Caso as emendas sejam acolhidas, as novas redações do projeto retornarão para serem relatadas na Comissão de Constituição e Justiça. Só após a votação dos relatórios na CCJ, a matéria retorna ao plenário para votação definitiva.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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