Em meio ao desgaste político que o aumento do novo Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) causou entre os vereadores da Câmara Municipal de Goiânia, outro projeto polêmico, o Plano Diretor de Goiânia (PDG), já está na pauta dessa semana e poderá ser votado na sessão de amanhã (3). O PDG tem sido alvo de grandes críticas, principalmente pela rapidez em sua tramitação.
Nos bastidores da Casa, a expectativa era de que a matéria não entraria para votação tão rápido assim, já que o documento retornou à Câmara no início de dezembro do ano passado. Ao menos cinco parlamentares devem propor emendas que modificam o projeto aprovado na Comissão Mista, sob relatoria da vereadora Sabrina Garcez (PSD). É provável que a base do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) rejeite as sugestões, visto que as emendas dependem do voto favorável de 18 vereadores em plenário.
Uma das vereadoras que irá propor modificações é Aava Santiago (PSDB). Ela, inclusive, montou um grupo de trabalho para discutir o assunto “Buscamos reformular os pontos sensíveis, de forma a alinhá-los a critérios de sustentabilidade e a garantir que o desenvolvimento da cidade seja acompanhado pela preservação de nascentes, de áreas verdes e de regiões de valor histórico, além de garantir o uso racional da infraestrutura urbana, com um modelo de adensamento responsável, em contraposição à verticalização desregrada”, argumenta.
Caso as emendas sejam acolhidas, as novas redações do projeto retornarão para serem relatadas na Comissão de Constituição e Justiça. Só após a votação dos relatórios na CCJ, a matéria retorna ao plenário para votação definitiva.