O governo federal, em uma tentativa de impulsionar o setor ferroviário, anunciou que o lançamento do Plano Nacional de Ferrovias teve um atraso e a data de divulgação ainda não foi estabelecida. Esse plano ambicioso prevê a concessão de cinco grandes projetos de estradas de ferro à iniciativa privada. Entre as questões que ainda estão sendo finalizadas, está a definição do futuro da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), controlada pela VLI Logística.
Com uma extensão de 7,2 mil quilômetros que corta oito unidades federativas do Brasil, a FCA é alvo de discussões sobre a possibilidade de licitação da malha ou a renovação do contrato com a VLI Logística, que expira em agosto de 2026. A empresa avaliava a devolução do corredor ferroviário situado em Minas Gerais e Bahia ao governo devido à falta de viabilidade econômica, mas as negociações para a renovação antecipada do contrato estão em fase final.
Outro ponto de atenção do Plano Nacional de Ferrovias é a Ferrogrão, projeto que visa ligar as regiões produtoras de grãos do Mato Grosso aos portos do Arco Norte, no Pará. No entanto, o projeto encontra-se parado no Supremo Tribunal Federal (STF) devido a questionamentos sobre a destinação de parte do Parque Nacional do Jamanxim (PA) ao empreendimento ferroviário.
Para viabilizar esses ambiciosos projetos, o governo planeja investir cerca de R$ 100 bilhões, proporcionando a construção de aproximadamente cinco mil quilômetros de novas ferrovias. A União se compromete a arcar com parte dos investimentos para garantir a viabilidade econômica desses empreendimentos, sendo uma estratégia já apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dentro do Plano Nacional de Ferrovias estão projetos como o Corredor Leste-Oeste, Prolongamento da Ferrovia Norte-Sul, Anel Ferroviário do Sudeste, Transnordestina e Ferrogrão. Cada um desses empreendimentos tem o objetivo de expandir a malha ferroviária nacional e melhorar a logística de transporte no Brasil, visando aumentar a eficiência e reduzir os custos logísticos.
O governo já firmou acordos com diversas empresas do setor, como a MRS Logística, a Rumo e a Vale, visando viabilizar a execução dos projetos do Plano Nacional de Ferrovias. O apoio da iniciativa privada e a parceria com o governo são fundamentais para o desenvolvimento do setor ferroviário no país, promovendo a modernização da infraestrutura e impulsionando a economia como um todo. A expectativa é de que, com esses investimentos e concessões, o setor ferroviário brasileiro possa atingir um novo patamar de eficiência e competitividade.
