Plano para prender Alexandre de Morais volta à tona após operação

Plano para prender Alexandre de Morais volta à tona após operação

O plano de Bolsonaristas para prender o ministro Alexandre de Moraes voltou à tona, após a Polícia Federal (PF) prender o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A descoberta do plano, porém, pode complicar o ex-mandatário e as pessoas próximas a ele.

A estratégia de intervir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com a subsequente prisão de Moraes, presidente da Corte, foi revelada em janeiro. Entretanto, nesta quinta-feira, 4, a PF detectou áudios nos quais Cid participa de discussão sobre um golpe de estado. 

A sugestão para prender Moraes partiu de representantes da ala radical bolsonarista. O assunto foi tratado no Palácio da Alvorada, a residência oficial, em meados de dezembro.

Além de militares, estavam presentes na reunião políticos da confiança de Bolsonaro filiados a dois partidos políticos: PTB e PL. A justificativa para a prisão de Moraes seria a suposta interferência do magistrado no processo eleitoral.

Bolsonaro ouviu tanto a ala radical quanto a moderada, mas optou por não avançar. Isso porque o presidente do seu próprio partido, o PL, disse ser contrário à medida.

Resistências internas

Presidente do PL, Valdemar Costa Neto disse que, se Bolsonaro quisesse intervir no TSE, não contaria com o apoio da legenda. A falta de adesão espontânea das Forças Armadas a uma tentativa de golpe não agradou os ânimos de bolsonaristas radicais. A ala ideológica imaginava que, com a proximidade da posse de Lula, o Alto Comando do Exército agiria com vigor. O descontentamento da caserna com a vitória do petista, contudo, não se transformou em nenhuma ação articulada.

O anseio por um golpe enfrentou resistência até mesmo dentro da família Bolsonaro. Em 7 de dezembro, uma semana antes dessas discussões no Alvorada, Flávio Bolsonaro afirmou que a transição para o governo Lula seria pacífica. Na ocasião, ao tentar desmobilizar manifestantes, o senador foi atacado por parte do segmento radical.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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