Plano de Saúde Hapvida éalvo de reclamações de clientes de todo o Brasil

A Hapvida empresa de planos de saúde que comprou recentemente o América Plano de Saúde aqui no estado de Goiás, prestadora de serviço na cidade Goiânia é alvo de constantes reclamações dos usuários sobre os serviços oferecidos. Anteriormente o América já era um dos líderes de reclamações da capital, os usuários se queixavam por não conseguirem marcar consultas, fazer exames ou até mesmo realizar cirurgias.

Essa realidade não mudou muito, em publicação feita pela Hapvida nesta terça-feira, 19 de janeiro (sobre saúde mental na pandemia do coronavírus) de 18 comentários, seis são reivindicações sobre o plano, como a deste usuário, identificado como klijeoncastro:

“Esse plano não cumpri com nada agendado, que minha esposa já faz mais de um ano que está esperando uma cirurgia simples no útero que já agendaram várias vezes e todas as vezes que ela vai preparada para fazer a cirurgia, informam ela que aconteceu um imprevisto no plano e o dia agendado não vai dar!… inclusive teve uma vez que minha esposa já chegou até aplicarem anestesia nela mas por falta de equipamentos não realizaram a cirurgia dela!!! Deixaram minha esposa anestesiada atoa!!!”

A empresa respondeu o cliente acima: “Olá, nos explica melhor o que aconteceu por direct”, aparece nos comentários. Estatisticamente, o teor de protesto nos comentários está presente em 14 das 15 últimas publicações da empresa na rede social analisada, vindos de pessoas que se declaram de muitos estados do brasil, como Manaus, João Pessoa, Maceió e Goiânia.

“Péssimo plano de saúde”, escreveu cabral_rodolfo, em publicação do dia 18 de janeiro. “Fuja deste plano!”, alertou o usuário felipeestrela numa publicação do dia 14 de janeiro. “Até quando vou ter que esperar vcs marcarem o retorno de meus filhos com endócrinopediatrico???”, pergunta joselmafarias na mesma publicação. Veja os comentários:

“Como um lixo de plano desses, com tantas reclamações pode ser indicado no reclame aqui? O telemarketing de vocês é uma vergonha!”, comentou leandro.leandro.leandro, em publicação da Hapvida do dia 15 de janeiro, no Instagram. Então, Diário do Estado analisou também as estatísticas da empresa no “Reclame Aqui“, um site em que consumidores podem ir para manifestarem suas avaliações sobre produtos e serviços em diversas áreas do mercado.

Este mesmo usuário, em publicação do dia 17 de janeiro, chama o plano goiano “América” de ótimo, e diz que a Hapvida o “destruiu”.

Ao todo, são 3.400 reclamações endereçadas à Hapvida. Destas, 2.240 foram respondidas pela empresa, o equivalente a 65%. A nota geral que o consumidor deu à companhia é 6.36, de 10, com um índice de 79.1% na resolução dos problemas relatados no site, e um tempo de resposta médio de 27 dias. Tanto no Instagram como no site do “Reclame Aqui”, os clientes se queixam de dificuldades na marcação de consultas, exames e cirurgias.

Esta é a reclamação de um cliente de Belém-PA, do dia 19 de janeiro de 2021, como o título “Não consigo marcar consulta”:

“Estou há quase um mes tentando marcar consultas com especialistas e não Consigo. No site as especialidades sempre estao desatualizadas, quando ligo fico mais de 30 min ouvindo música, no totten não aparecem todos os medicos e pra finalizar, quando conseguimos o telefone de um credenciado, eles nao atendem. Os medicos que atendem nas hapclinicas não o fazem com excelencia, não esclarecem as informacoes, nossas solicitaçoes de exames não sao atendidas. Certa vez, precisei voltar 3 vezes ao consultorio, pois o medico não acertava o miligrama da medicação. Muito dificil assim! não garantem o minimo de qualidade no serviço prestado. Gostaria que alguem por gentileza, entre em contato comigo, para que eu possa marcar minhas consultas. Desde ja no agaurdo!”

Na imagem, o Pronto Atendimento Cora Coralina, em Goiânia, do grupo América, pertencente à rede cearense.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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