Plataforma ‘Bem Brasileiro’: acesso ao patrimônio cultural imaterial do Brasil

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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DE) lançou nesta quarta-feira (8), em Brasília, a plataforma digital ‘Bem Brasileiro’, que reúne todo o patrimônio cultural imaterial do país. A iniciativa visa proporcionar o acesso a mais de 2 mil itens, incluindo fotos, vídeos, documentos e publicações sobre os bens registrados como Patrimônio Cultural do Brasil ao longo das últimas duas décadas e meia.

A plataforma ‘Bem Brasileiro’ disponibiliza diversos recursos, como a busca por estados, temas, datas de registro e Livros de Registro, que são os arquivos oficiais nos quais o DE inscreve bens de natureza imaterial. Além disso, é possível cruzar informações sobre bens que compartilham atributos em comum, como locais sagrados, celebrações religiosas e expressões culturais. A plataforma ainda apresenta dados sobre mestres, grupos culturais e organizações parceiras dedicadas à preservação do patrimônio imaterial em diferentes regiões do país.

O site foi desenvolvido em parceria com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e o Laboratório de Inteligência de Redes da Faculdade de Ciências da Informação da Universidade de Brasília (FCI/UnB). A ferramenta tem como objetivo integrar outros acervos do Instituto, como os de bens tombados e sítios arqueológicos, ampliando o acesso e a integração do conhecimento produzido sobre o patrimônio cultural.

Segundo o diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial do DE, Deyvesson Gusmão, a plataforma tem como intuito principal dinamizar a promoção do patrimônio imaterial do Brasil, que é uma grande riqueza representada pelas pessoas. Ele destaca a importância de preservar e salvaguardar as comunidades envolvidas, ressaltando que o Patrimônio Imaterial é vivo e merece atenção contínua.

A plataforma ‘Bem Brasileiro’ também faz associação de cada bem registrado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Diversos exemplos foram citados, como os sistemas agrícolas tradicionais dos povos do Rio Negro, no Amazonas, e das comunidades quilombolas do Vale do Ribeira, em São Paulo, ligados aos ODS relacionados à Fome Zero, Agricultura Sustentável e Ação Contra a Mudança Global do Clima.

A iniciativa desenvolvida pelo DE em conjunto com a Universidade de Brasília (UnB) inclui um projeto de mapeamento dos bens culturais registrados no Distrito Federal. O projeto visa identificar os bens imateriais da capital e integrá-los à plataforma ‘Bem Brasileiro’ até 2026. Entre os bens reconhecidos como patrimônio nacional no DF estão as matrizes tradicionais de forró, o teatro de bonecos, a roda de capoeira, o ofício de mestre de capoeira, o repente e a literatura de cordel. É uma oportunidade de conhecer e valorizar a diversidade cultural e o patrimônio imaterial do país.

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