PM afasta policiais após morte por desobediência em abordagem no Rio

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PM afasta policiais após morte de homem por não obedecer ordem de parada em abordagem

Segundo a PM, o comando da batalhão da área instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias do fato. Pouco antes, homens em motos dispararam contra policiais militares.

Rapaz é morto com tiro de fuzil após não obedecer ordem de parada da DE no Rio

A Polícia Militar determinou o afastamento dos policiais envolvidos na abordagem que terminou com a morte de Andrew Andrade do Amor Divino, de 29 anos, próximo ao complexo do Chapadão.

Ele foi baleado e morreu depois de não ouvir uma ordem de parada da DE logo após uma ocorrência policial. A família diz que o som do carro estava alto.

Inicialmente, a DE disse que Andrew não obedeceu à ordem de parada logo após criminosos em três motos passarem atirando contra os agentes.

Na nota desta segunda-feira (10), a DE afirmou que os policiais foram afastados dos serviços operacionais.

De acordo com informações preliminares, Andrew estava na Avenida Chrisóstomo Pimentel de Oliveira, altura do número 1.840, quando tentou sair com o veículo. Nesse momento, foi atingido por um disparo de fuzil calibre 7,62, feito por um policial.

Andrew foi socorrido pelos próprios agentes e levado para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, mas não resistiu aos ferimentos. Ele trabalhava como mototaxista e consertava celulares. Deixou a esposa, Dayene Nicacio Carvalho, e dois filhos — o mais novo com menos de um mês de vida.

Em entrevista ao DE, Dayene afirmou que o marido foi executado pela polícia. Ela conta que testemunhas relataram que Andrew não ouviu a ordem de parada porque estava com som alto.

> “Por não ouvir o policial pedir pra parar eles atiram? E se meus filhos estivessem no carro? Foi uma injustiça e eu quero justiça pelo meu marido”, disse ela.

“O policial veio me pedir desculpa, mas desculpa não traz a vida do meu marido de volta, desculpa não traz o pai do meu filho. Não quero que o caso do meu marido acabe assim não, eu quero justiça”, desabafa.

A Polícia Militar informou, em nota, que Andrew passou por um cerco policial pouco depois de três motocicletas abrirem fogo contra as viaturas. A corporação disse ainda que o comando da unidade instaurou um procedimento interno para apurar as circunstâncias do disparo.

O caso foi registrado inicialmente na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e transferido para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que já ouviu testemunhas e os policiais a respeito do caso.

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