PM afasta policial que baleou mulheres após uma delas se negar a ficar com ele

A Polícia Militar de Goiás (PMGO) afastou das atividades operacionais o policial militar suspeitos de balear mulheres após uma delas se negar a ficar com ele em uma boate de Goiânia. Segundo a nota da corporação, o agente deve permanecer afastado até a conclusão da apuração dos fatos.

O caso ocorreu na madrugada do último sábado, 27, em uma boate no Setor Marista. Caso chegou até a policial quando as vítimas já deram entradas no Hospital de Urgências de Goiás (Hugo) com ferimentos de bala na perna.

Segundo a corporação, ao chegarem na unidade de saúde, os policiais encontraram as mulheres feridas por bala na perna direita e outra na perna esquerda. Para os policiais, as vítimas contaram que o suspeito se apresentou como agente de segurança pública e, após o rejeitarem, se tornou agressivo. Ele iniciou uma discussão no local e as vítimas saíram.

Minutos depois, os carros dos envolvidos se cruzaram em um semáforo próximo do local, momento em que o PM atirou contra as vítimas. O autor dos disparos não teve o nome divulgado.

Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), o suspeito se apresentou espontaneamente na delegacia e, por ter lesões no rosto por conta da briga, foi encaminhado para fazer um relatório médico. Os envolvidos no caso prestaram depoimentos para apuração dos fatos.

Em nota, a PCGO informou que um procedimento foi instaurado para apurar todas as circunstâncias em que se deram os fatos. A instituição disse ainda que “em razão da própria natureza investigativa” o caso é mantido sob sigilo.

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Indiciamento de Bolsonaro e aliados: Gleisi Hoffmann pede prisão e destaca avanço na luta contra crimes.

Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, se pronunciou sobre o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros aliados, afirmando que esse fato “abre caminho” para a responsabilização judicial dos envolvidos. Para Gleisi, Bolsonaro e sua “quadrilha” merecem prisão, pois teriam cometido crimes contra o Brasil e a democracia, como tentar fraudar eleições, assassinar autoridades e instalar uma ditadura.

O indiciamento realizado pela Polícia Federal faz parte de um inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Além de Bolsonaro, outros nomes como os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno também foram indiciados. No total, 37 pessoas foram apontadas como responsáveis pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Esse não é o primeiro indiciamento de Bolsonaro, que já havia sido indiciado pela PF em outros dois inquéritos. Um deles investigava a falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19 e o outro apurava a venda ilegal de joias recebidas por ele durante o governo. A PF, ao longo de quase dois anos, utilizou diversas medidas autorizadas pelo Judiciário para embasar o indiciamento, como quebra de sigilos, colaborações premiadas e buscas e apreensões.

Segundo a PF, as investigações apontaram a existência de grupos que desempenhavam diferentes funções no planejamento do golpe, como disseminação de desinformação, incitação militar, suporte jurídico, operacional e de inteligência. Bolsonaro é acusado de redigir a “minuta do golpe”, um documento que previa a intervenção no Poder Judiciário para evitar a posse de Lula e convocar novas eleições.

O ex-presidente teria se reunido com o comandante do Exército à época, general Estevam Cals Theofilo, para organizar o apoio militar ao golpe. Outros aliados de Bolsonaro também estão envolvidos, incluindo membros do chamado “gabinete do ódio”. Para os petistas, como Gleisi Hoffmann e Paulo Pimenta, o indiciamento representa um avanço na luta contra os crimes cometidos pelo ex-governo. A Justiça deverá agora avaliar as provas e decidir as medidas cabíveis contra os acusados.

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