PM deflagra mais uma fase da Operação Fecha Goiás

A Polícia Militar deflagra nesta quinta-feira (23), às 16h, mais uma etapa da Operação Fecha Goiás. Um dos principais objetivos é intensificar a atuação preventiva e ostensiva. Centenas de bloqueios serão montados em pontos estratégicos de todo o Estado, com abordagens a veículos e pessoas em atitude suspeita. O secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), Ricardo Balestreri, participa da abertura das ações na Academia da PM.

Mais de dois mil policiais e 600 viaturas estão envolvidos neste trabalho. “Estamos trabalhando de forma ainda mais ostensiva para preservar vidas e garantir cada vez mais sensação de segurança à população”, explica o coronel Divino Alves.

Para a operação, o efetivo da PM foi dividido em períodos planejados pelo Comando-Geral, obedecendo o georreferenciamento da Gerância do Observatório de Segurança da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP).

Todas as forças especiais da Polícia Militar participam da operação, a exemplo do Grupo de Radiopatrulha Aérea (GRAer), Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), Batalhão de Polícia Militar de Choque (BPM Choque), Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (BPMRv), Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMAmb), Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e Cavalaria.

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Perdomo Doces estuda possibilidade de processar quem fez falsas acusações

Perdomo Doces estuda possibilidade de processar falsa acusações

Nesta quinta-feira, 21, Mariana Perdomo, proprietária da confeitaria que havia sido falsamente acusada pela morte de duas pessoas por envenenamento no último domingo, 18, informou que estuda a possibilidade de ingressar na Justiça contra os boatos e informações falsas acusando seu estabelecimento como responsável pelas mortes. 

Ela deu entrevista coletiva à imprensa, ao lado de seu advogado, Otávio Forte. Ele falou que, agora que a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) isentou a confeitaria de envolvimento na morte das duas pessoas, eles vão analisar juridicamente se houve excesso.

“É injusto com qualquer pessoa, hoje foi com a Mariana, mas já tivemos vários casos no nosso País e até internacionalmente, de a pessoa ser condenada em segundos sem que ela tenha possibilidade de pelo menos se manifestar. É preciso cautela e que todo mundo se conscientize. Desde o começo, sabíamos que não era algo que saiu da empresa. A empresa cumpre regras sérias e controladas de produção”, afirmou. 

A empresária Mariana informou que, quando soube da notícia, solicitou que as mercadorias do mesmo lote consumidas pelas vítimas fossem tiradas de circulação ainda na segunda-feira, 18, e que foi ela que solicitou à Vigilância Sanitária para inspecionar os locais de produção. “A gente ligou para todos os contatos que tínhamos pedindo a fiscalização”, informou. 

Mesmo com todos os cuidados, a demanda na confeitaria foi mais baixa do que de costume no dia que a notícia circulou. “(As lojas) ficaram completamente vazias. Equipe completamente abalada, porque todo mundo sabe que precisa sustentar a família. São 200 colaboradores diretos, fora a quantidade de pessoas indiretas que dependem do nosso trabalho”, argumenta. 

Entenda o caso 

O caso veio à tona na segunda-feira, 18, quando Leonardo Pereira morreu e a confeitaria Perdomo Doces foi acusada como responsável pela intoxicação alimentar, visto que Amanda Partata comprou bolos no pote para um café da manhã na casa do ex-sogro. 

Além dele, comeram os doces também a mãe de Leonardo, Luzia, e a esposa dele no domingo, 17. A família conta que três horas após a ingestão, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, vômitos e diarreia, sendo levados para o Hospital Santa Bárbara, onde foram internados. Entretanto, os dois não resistiram e morreram no mesmo dia. 

A ex-nora também comeu doces, mas em menor quantidade e chegou a sentir os sintomas enquanto estava indo para Itumbiara, mas retornou para Goiânia devido ao incômodo. Em razão disso, a família desconfiou que o que teria causado as mortes fossem os doces.

Com a desconfiança, a Polícia Civil e o Procon fiscalizaram a confeitaria a fim de elucidar a suspeita que foi descartada pela própria polícia ainda na quarta-feira, 20, quando a advogada Amanda Partata foi presa por suspeita de envolvimento na morte por envenenamento de Leonardo Pereira, e Luzia Tereza, mãe e filho. Dessa forma, a Polícia descartou qualquer possibilidade do homicídio ter sido causado pelos doces da confeitaria acusada de intoxicação alimentar. 

Amanda Partata é ex-nora de Leonardo Alves e, em seu perfil nas mídias sociais, ela se apresenta como advogada aposentada e psicóloga. Entretanto, o nome dela não é encontrado na lista de profissionais inscritos no Conselho Regional de Psicologia – Goiás. Por outro lado, seu cadastro está ativo na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). 

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