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PM é denunciado por aplicar golpes em 20 membros da Rotam, em Goiás

Última atualização 30/07/2022 | 10:32

Um policial militar (PM) foi preso e denunciado pelo Ministério Público (MP), após aplicar golpes em 20 colegas do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam). Juntos, os agentes sofreram um prejuízo de mais de R$ 1 milhão. 

O cabo Francisco de Assis Jesus dos Santos Soares de Oliveira, oferecia dicas e mentorias sobre aplicações financeiras em criptomoedas, ativos de renda variável e apostas esportivas. Francisco foi preso nesta quinta-feira, 28, sendo que o MP ofereceu denúncia à Justiça ainda na sexta-feira, 29.

Em nota, a Polícia Militar (PM) informou que tomou todas as providências cabíveis na esfera administrativa e acompanha a tramitação do processo na Justiça, que acolheu o pedido do MP para o bloqueio de valores disponíveis em nome do investigado em contas bancárias.

Militar aplica golpes em membros da Rotam

Segundo a denúncia, há cerca de um ano, o policial começou a orientar os colegas com dicas e mentorias sobre aplicações financeiras em criptomoedas, ativos de renda variável e apostas esportivas.

Assim, as vítimas começaram a participar de uma banca conjunta, criada e mantida pelo militar em uma plataforma on-line, com sede no Reino Unido. Lá, em tese, seriam aplicados os valores em apostas esportivas, com promessa de lucratividade de 30% a 50%. Na denúncia consta que Francisco teria abordado cada colega com garantia de altos rendimentos e dizia que assumiria a responsabilidade caso acontecessem prejuízos.

O policial também exigia que cada vítima fizesse um investimento de R$ 10 mil. Conforme a denúncia, após alguns pagamentos, nenhuma das vítimas recebeu rendimento dos valores e, quando procurado pelos colegas, ele dizia que os valores aplicados estavam bloqueados por problemas técnicos.

Para liberar os valores, Francisco pedia aos colegas mais R$ 2 mil. Como eles não concordavam com a exigência, o cabo prometeu pagá-los até 20 de dezembro de 2021. Porém, desde então, não receberam e continuam com os prejuízos.