O corpo do tenente da PM Jonathan Francisco da Silva, de 34 anos, foi sepultado neste domingo no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. O agente foi morto na madrugada de sábado durante um confronto com criminosos na comunidade Beira Rio, no Recreio dos Bandeirantes. Com mais de cem parentes e amigos presentes, incluindo diversos colegas de farda, a cerimônia foi marcada por um clima de tristeza e indignação. Honras militares, com três salvas de tiros ao chão, e uma orquestra fúnebre composta por membros da corporação também deram o tom da despedida.
Jonathan era amigo de todo mundo e orgulho da família por ser um garoto estudioso e exemplar. Ele cumpriu a missão de passar para a PM e chegar a oficial, sempre buscando conhecimento. Amigos e colegas de farda o descreveram como uma pessoa humilde e apaixonada pela profissão. “Jonathan era muito humano no trato com seus subordinados. Era uma pessoa excepcional. É difícil acreditar que isso tenha acontecido com alguém tão bom quanto ele”, disse um colega que trabalhou com o tenente no 40º BPM.
Jonathan, que era lotado no 31º BPM, ingressou na PM em maio de 2019, vindo do Exército. Formado em Direito, o militar cresceu na Pavuna e morava no Recreio com sua esposa e filha de 3 anos. Sua morte eleva para 51 o número de policiais militares mortos em situações de violência este ano. Coronel Marcelo de Menezes Nogueira, secretário de Polícia Militar, prometeu que a morte de Jonathan não será em vão e que os responsáveis serão punidos.
O confronto na comunidade Beira Rio, que resultou na morte de Jonathan, ocorreu durante um cerco tático para prender criminosos do Comando Vermelho. O tenente foi atingido no pescoço por tiros de fuzil e não resistiu aos ferimentos. Um dos criminosos envolvidos na ação também foi morto. A PM garante que não recuará e seguirá trabalhando para proteger a população e combater o crime no estado do Rio de Janeiro.
A morte de Jonathan Francisco da Silva é um exemplo trágico do cotidiano de violência enfrentado pelos policiais militares que arriscam suas vidas diariamente para proteger a sociedade. A perda do tenente é um lembrete doloroso das dificuldades e perigos enfrentados por aqueles que escolhem servir e proteger. A sociedade e as autoridades precisam reconhecer e valorizar o trabalho desses profissionais, garantindo condições de trabalho dignas e segurança para que possam desempenhar suas funções com tranquilidade e eficiência.
