PM mata filhos, mulher, mãe e irmão; no total, foram oito vítimas

Um PM identificado como Fabiano Junior Garcia, lotado no 19º BPM (Batalhão de Polícia Militar), matou oito pessoas, sendo que seis eram da família dele. Na sequência, ele tirou a própria vida. A chacina que chocou as populações de Toledo e Céu Azul, no Oeste do Paraná, aconteceu no início da madrugada desta sexta-feira, 15. 

Segundo as investigações, o PM tirou a vida de dois filhos, de 4 e 9 anos, na cidade de Céu Azul. Em seguida, dirigiu até Toledo, que fica a cerca de 1h de distância, onde teria tirado a vida da mãe, de um irmão, de mais um filho e da esposa, identificada como Kassiele Moreira. 

Entre as vítimas, havia ainda outras pessoas não identificadas que passavam pelas ruas da cidade no exato momento em que ele iniciou os ataques. 

Em seguida, segundo investigações, o PM saiu do local da chacina, entrou no carro, um GM Vectra de cor branca e tirou a própria vida, O automóvel foi conduzido até o pátio do 19º BPM.

Equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas aos dois locais onde os crimes foram praticados, mas puderam apenas constatar os óbitos.

Fabiano Junior Garcia atuava como PM e era lotado no município de Toledo. Ainda não se sabe se ele teve um surto psicótico ou algum outro problema psiquiátrico que o levasse a cometer os homicídios.

Nota da Polícia Militar do Paraná (PMPR) sobre o caso

A Polícia Militar está consternada e lamenta profundamente o ocorrido nas cidades de Toledo-PR e Céu Azul-PR.

O policial militar que prestava serviços no 19º Batalhão em Toledo não tinha histórico que pudesse indicar problemas psicológicos e atuava como motorista do Coordenador do Policiamento da Unidade

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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