PM prende suspeito de caça predatória na zona rural de Rio Verde

A equipe de policiamento ambiental da Polícia Militar (PM) prendeu um homem suspeito de praticar caça predatória de animais silvestres na região da serrinha, zona rural de Rio Verde.

Atendendo a uma denúncia anônima, os policiais se deslocaram até o setor e foram recebidos por um senhor que autorizou e acompanhou inspeção nas instalações da fazenda. No quintal, próximo a dois cães de caça, foi encontrado couro de um animal silvestre da espécie caitiu, conhecido por cateto. Além disso, havia a cabeça de uma capivara no local.

Durante a inspeção foram encontradas duas redes de pesca, 19 cartuchos de munição, uma munição intacta de calibre 36; oito munições intactas de calibre 44; cinco munições intactas de calibre 38; seis cartuchos recarregados de calibre 36; e uma espingarda calibre 44 sem marca, sem modelo e sem numeração.

Questionado sobre a procedência das munições e da arma de fogo, e sobre o porte para a manutenção dela, o senhor não apresentou qualquer documento que pudesse legalizar tal situação. Quanto ao couro de caititu e a cabeça de capivara, ele também não soube dizer nada. Todo o material foi recolhido e levado para a delegacia de polícia de Rio Verde para as providências legais.

O homem foi autuado no artigo 12 (posse irregular de arma de fogo de uso permitido) lei n° 10.826/03 – Estatuto de Desarmamento combinado com o artigo 29, III da lei n° 9605/98 (Crimes Ambientais – Crime Contra a Fauna) e artigo 19 da lei estadual n° 15.894/06 (recolhimento de material predatório).

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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