PM preso por execução de delator do PCC: Denis Antonio Martins

Quem é o PM preso acusado de executar o delator do PCC, Vinicius Gritzbach

Denis Antonio Martins, de 40 anos, foi detido nesta quinta (16) pela
Corregedoria da PM. Ele é cabo da Polícia Militar com salário mensal de cerca de
R$ 5.300 e foi identificado depois de denúncia anônima e trabalho de
inteligência dos corregedores.

O cabo da Polícia Militar Denis Antonio Martins, acusado de ser o
atirador que executou o delator da facção criminosa PCC, Vinicius Gritzbach.

O cabo da Polícia Militar Denis Antonio Martins, de 40 anos, foi preso nesta
quinta-feira (16) pela Corregedoria da PM, acusado de ser o atirador que executou o delator da facção criminosa PCC, Vinicius Gritzbach.

Com salário mensal de cerca de R$ 5.300 por mês da corporação, Martins foi
identificado depois de uma denúncia anônima, que chegou aos corregedores após a
divulgação de um retrato falado com possíveis características do suspeito que
disparou dez tiros contra Gritzbach, na saída do Aeroporto Internacional de SP,
em Guarulhos.

O DE tenta contato com a defesa de Denis.

A hierarquia da Polícia Militar é composta por duas carreiras: Oficiais e
Praças. Os cabos fazem parte da carreira praças da Polícia Militar.

A ordem hierárquica das Praças é: Soldado, Cabo, Terceiro Sargento, Segundo
Sargento, Primeiro Sargento, Subtenente.

A ordem hierárquica dos Oficiais é: Coronel, Tenente-Coronel, Major, Capitão,
Primeiro Tenente, Segundo Tenente, Aspirante a Oficial.

O comandante-geral é o oficial superior que comanda a PM.

O crime aconteceu em novembro do ano passado, no momento em que Gritzbach
desembarcava em SP, após uma viagem com a namorada para Alagoas. Na época, dois
atiradores deixaram um carro preto com armas de grosso calibre e dispararam
contra o delator.

Após o assassinato, os atiradores saíram do local do crime e embarcaram em um
ônibus público da cidade de Guarulhos.

TRABALHO DE INTELIGÊNCIA

Segundo o secretário da Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite, as
investigações da polícia chegaram ao atirador por meio de cruzamento de dados,
quebra do sigilo telefônico, utilização das estações rádio-base e análise de
sinal de telefonia.

Esse trabalho de inteligência colocou Denis Antonio na cena do crime.

Depois da análise de dados, segundo o secretário, os investigadores da PM
compararam imagens do aeroporto e do ônibus usado na fuga para determinar se as
características físicas do PM preso batiam com o material colhido na
investigação.

“Nós precisávamos de comparações para saber se ele realmente estava lá. E aí foi
utilizada a comparação das imagens, de vídeo, imagens de dentro do ônibus, com
as imagens que nós tínhamos desse policial que foi preso na data de hoje. Também
o sistema de reconhecimento facial pra ver se a imagem que tinha batia com a
imagem de dentro do ônibus e deu um percentual considerável de aceitação”,
afirmou Derrite.

Segundo o secretário da Segurança, o objetivo da investigação agora é nos
próximos 30 dias tentar encontrar mais ligações de Denis Antoni com o episódio e
com o outro comparsa armado, que fugiu com ele da cena do crime no aeroporto e
ainda não foi identificado pela polícia.

“O nosso objetivo agora, nesses 30 dias, é principalmente com a questão do
material genético e outras provas que podem ser encontradas, como no celular
dele, que foi apreendido, na busca que foi realizada em sua residência”, disse
Derrite.

No total, 15 PMs foram presos na operação da Corregedoria da PM nesta quinta
(16), sendo 14 do núcleo de segurança pessoal do delator e o acusado de ser o
atirador.

Em entrevista à TV Globo, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite,
disse que as prisões mostram que a corporação não admite desvios de conduta e
prometeu punição.

“É inadmissível o envolvimento de agentes da lei com o crime seja da Polícia
Militar, da Polícia Civil. Aqueles que tiverem desvios de conduta, em especial
envolvimento o crime organizado, serão severamente punidos”, afirmou.

EXECUÇÃO DE GRITZBACH

Câmeras de segurança do aeroporto gravaram o assassinato de Gritzabach, cometido
por homens encapuzados usando fuzis, que fugiram em seguida.

Um motorista por aplicativo que estava ali no local acabou sendo atingido por um
dos disparos e também morreu.

Dois suspeitos de participarem da execução foram presos dias depois por uma
força-tarefa criada pelo governo paulista para investigar o caso.

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