PM-RJ utiliza “olhômetro” enquanto USP emprega drones para contar público em eventos políticos: a importância da tecnologia na contagem precisa.

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A corporação de Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ) admitiu, por meio da Lei de Acesso à Informação, que não utilizou tecnologia para estimar o público presente no evento comandado por Jair Bolsonaro em março. Em vez disso, a PM baseou-se no “olhômetro” para calcular a presença de aproximadamente 400 mil pessoas. Por outro lado, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) discordaram dessa estimativa e indicaram a presença de 18,3 mil pessoas no auge da manifestação em Copacabana.

Essa discrepância destacou a diferença entre os métodos utilizados pela PM do Rio e pela USP. Enquanto a corporação carioca confia em observações visuais, a USP emprega tecnologia avançada, como drones e inteligência artificial, para realizar uma contagem precisa do público. No último domingo (29), em São Paulo, durante uma nova manifestação de Bolsonaro, os pesquisadores da USP estimaram a presença de 12,4 mil pessoas, sem o fornecimento de números pela PM local.

A PM do Rio não divulgava estimativas de público em eventos políticos desde 2013, mas quebrou esse protocolo ao anunciar o número suspeito de 400 mil pessoas. Esse dado foi criticado até mesmo por integrantes da própria cúpula da PM. A resposta da corporação ao pedido de informação via Lei de Acesso à Informação só foi emitida após dois meses do prazo legal, revelando um método de contagem baseado em imagens aéreas e monitoramento presencial realizado durante o evento.

Enquanto a PM do Rio criou polêmica com sua estimativa baseada no “olhômetro”, os pesquisadores da USP continuam aprimorando seus métodos de contagem de público. Por meio do Monitor do Debate Político no Meio Digital, a USP utiliza drones e inteligência artificial para analisar imagens aéreas e determinar a quantidade de pessoas presentes em manifestações políticas. Esse processo altamente tecnológico garante uma contagem precisa, com uma margem de erro reduzida, mesmo em locais densamente povoados.

Essa discrepância na contagem de público entre a PM do Rio e os pesquisadores da USP demonstra a importância da utilização de tecnologia avançada na realização de estimativas precisas em eventos de grande porte. Enquanto a corporação carioca confia em métodos tradicionais, a USP utiliza drones e inteligência artificial para garantir uma contagem acurada, refletindo a constante evolução da pesquisa e análise de dados. Essa diferença destaca a importância da transparência e da inovação na obtenção de informações precisas em eventos públicos.

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