PM se nega ajudar jovem negro ameaçado por homem armado: “Estou de folga”

Viralizou nas redes sociais na manhã desta terça-feira, 14, um vídeo de um jovem negro sendo ameaçado por um homem armado, em frente a estação Carandiru, Zona Norte de São Paulo. Próximo a confusão, estava uma policial militar, uniformizada e armada, que teria negado agir para garantir a segurança no local, afirmando que não estava no horário de trabalho. Nas imagens ainda mostra que há pelo menos duas crianças presentes.

Antes de ser ameaçado com uma arma, o jovem foi xingado por outro homem, quando a pessoa armada entra em cena e parte para cima dele, o ameaçando. Nesse momento, uma mulher, que estava próxima a confusão, diz: “Se matar eu vou gravar, porque ele não está armado”. Ele então retruca: “Você defende ladrão?”

Uma mulher estava acompanhada do homem armado, colocou-se na frente do jovem e pediu que o revólver fosse guardado.

No local, também estava presente um repórter, que filmou o momento e afirmou que o jovem estava sendo ameaçado, e a agente permaneceu imóvel, de braços cruzados, disse que estava de folga e pediu para ligarem no 190.

Nas imagens mostra que o jovem se aproxima da polícia pedindo ajuda, mas ela o afasta com um chute na barriga. Ele só conseguiu fugir do local com ajuda dos civis que estavam no local. 

O repórter chegou a questionar a postura da policial, que o ameaçou prendê-lo caso continuasse a falar com ela. A agente voltou a afirmar que não poderia agir naquele momento porque não estava em horário de trabalho e que o procedimento padrão seria acionar uma viatura.

Assista ao vídeo do jovem negro sendo ameaçado por um homem armado: 

 

De acordo com o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar, os policiais devem “atuar onde estiver, mesmo não estando em serviço, para preservar a ordem pública ou prestar socorro, desde que não exista, naquele momento, força de serviço suficiente”.

Em uma nota divulgada pelo Correio Braziliense, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Polícia Militar apura o caso e trabalha para identificar a pessoa que aparece nas imagens. “Se confirmado, o caso será tratado como transgressão disciplinar grave, já que o comportamento omisso registrado em vídeo não condiz com as expectativas da sociedade e muito menos com as responsabilidades do profissional de segurança pública, que deve agir prontamente sempre que presenciar um crime, estando ou não em serviço”.

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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