PM suspeito de matar adolescente se apresenta: detalhes do caso em Salvador

PM suspeito de matar adolescente e atirar contra jovem em Salvador se apresenta em delegacia

Marlon da Silva Oliveira se apresentou no Departamento de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP), na noite de domingo (8). Ele era considerado foragido desde sexta-feira (6).

O policial militar Marlon da Silva Oliveira, suspeito de matar um adolescente e atirar contra um jovem em Salvador, se apresentou no Departamento de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP), na noite de domingo (8).

A Justiça decretou a prisão preventiva dele na sexta-feira (6), e desde então, ele era considerado foragido. A informação foi confirmada por fontes da TV Bahia nesta segunda-feira (9).

O crime ocorreu na madrugada do último domingo (1º), no bairro de Ondina. Como mostra o vídeo filmado por uma testemunha, Marlon rendeu Gabriel Santos Costa, de 17 anos, e Haziel Martins Costa, 19, xingou e agrediu os dois. Ele disparou mais de 10 tiros contra os meninos.

Gabriel morreu na hora. Já Haziel foi levado para uma unidade de saúde, onde permanece internado. O jovem foi atingido no abdômen, braço e antebraço. De acordo com a mãe dele, Kelly Martins, o estado de saúde do rapaz é grave.

Antes de ser preso, Marlon chegou a prestar depoimento, onde admitiu ter atirado contra os meninos, mas disse que agiu em legítima defesa. De acordo com ele, os dois tentavam assaltá-lo.

A Polícia Civil, no entanto, não aceitou essa justificativa. O caso ainda está em investigação.

A Polícia Militar instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar o caso e afastou Marlon das atividades operacionais. A corporação havia realocado o soldado para a área administrativa até o fim das investigações.

Marlon, que atua na 9ª Companhia Independente da Polícia Militar, no bairro da Boca do Rio, não estava fardado, nem usava o carro da corporação, no momento que atirou nas vítimas. Ele alegou legítima defesa em depoimento à Polícia Civil e afirmou que os jovens tentaram assaltá-lo.

O mesmo argumento foi apresentado pela namorada do policial, que não teve o nome divulgado, e estava no local. A mulher é uma das oito testemunhas que já foram ouvidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.

A Polícia Civil, no entanto, não aceitou a justificativa apresentada pelo casal e ingressou com o pedido de prisão preventiva do suspeito. Procurado, o advogado Otto Lopes, que defende os dois, disse que não vai se manifestar até que as investigações sejam concluídas.

A família de Gabriel pede a quebra de sigilo do celular do suspeito. O corpo dele foi sepultado na tarde de segunda-feira (2) sob forte comoção e pedidos de justiça. Marlene Santos, mãe de Gabriel, disse que foi avisada sobre a morte do filho quando recebeu uma ligação por volta das 3h30 de domingo. Naquele momento, ela disse que ainda não sabia que o adolescente tinha sido assassinado, nem que o homicídio havia sido gravado por uma testemunha.

O pai dele, que preferiu não se identificar por medo, disse que o filho não era envolvido com a criminalidade. Ele contou que, dias antes de morrer, o adolescente foi apreendido por ter xingado um policial militar e foi acusado de desacato. No entanto, foi liberado logo em seguida.

Na quinta-feira (5), a mãe de Haziel, Kelly Martins, cobrou a prisão do soldado e disse que o jovem estava internado em estado grave. “Eu quero justiça, estou clamando por justiça. Cadê o governador do estado? Cadê o [secretário de] Segurança Pública? Estou clamando por isso, quero esse homem preso”.

Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) confirmou que a PM instaurou um processo administrativo disciplinar, enquanto a Polícia Civil abriu inquérito para esclarecer a motivação e a dinâmica do crime. A PC tem 30 dias para concluir esse inquérito, que deverá ser analisado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). O órgão acompanha o caso.

A delegada responsável pelas investigações, Zaira Pimentel, pediu a prisão preventiva do suspeito ainda na noite de segunda (2), mas a Justiça não analisou a solicitação no plantão judiciário por entender que não havia urgência. Com isso, o PM foi liberado, pois já havia passado o prazo para decretação de flagrante. Quando a Justiça apreciou o pedido e determinou a prisão, na sexta (6), o suspeito não foi encontrado. A Polícia Militar da Bahia informou que o agente foi afastado das ruas e teve a arma recolhida. Oficialmente, o agente foi realocado para a área administrativa até o fim das investigações da Polícia Civil, que está em posse do revólver.

Por fim, o caso envolvendo o policial militar suspeito de atirar contra jovens em Salvador continua em investigação pelas autoridades competentes. Medidas estão sendo tomadas para esclarecer as circunstâncias do crime e garantir que a justiça seja feita. A população aguarda por respostas e espera que a verdade prevaleça em mais um caso de violência envolvendo agentes da lei.

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Adolescente de 16 anos é assassinado a tiros em Feira de Santana: terceiro caso em três dias

Adolescente de 16 anos é morto a tiros em Feira de Santana

O fato ocorreu na noite de terça-feira (24), no bairro Lagoa Grande, em Feira de Santana. Até o momento, nenhum suspeito foi preso. A vítima foi identificada como Gabriel Aragão dos Santos. Segundo informações da Polícia Civil, o crime aconteceu por volta das 20h, na rua Manaí. A Delegacia de Homicídios de Feira de Santana está investigando o caso e, até o momento, não há pistas sobre a autoria e motivação do ataque. Testemunhas relataram que o jovem foi até o bairro para comprar drogas.

O Departamento de Polícia Técnica realizou perícia no local e o corpo de Gabriel foi removido e encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para passar por necropsia. Não há informações sobre o sepultamento dele. Esse trágico episódio marca o terceiro adolescente assassinado em Feira de Santana em um período de três dias. No último domingo (22), dois jovens foram mortos no município, sendo os casos também objeto de investigação.

O primeiro homicídio ocorreu na Rua Senegal, também no bairro Lagoa Grande. Conforme informado pela Polícia Civil, um homem encapuzado e armado desceu de um veículo, se aproximou de Cauã Lima e efetuou diversos disparos. Já o segundo registro aconteceu em um residencial na Avenida Alcina Nery Pereira, no bairro Tomba. Adriano Azevedo estava na porta de casa, ouvindo música, quando foi alvejado por três homens que chegaram a pé, atiraram e fugiram pulando os muros do condomínio.

Até o momento, não há informações sobre a prisão de suspeitos envolvidos nesses crimes, nem se há alguma relação entre as ocorrências. Os casos estão sendo investigados pela Delegacia de Homicídios de Feira de Santana. A população local segue apreensiva diante dos recentes episódios de violência na região. Acompanhe as atualizações sobre este e outros acontecimentos em Feira de Santana e arredores.

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