PM vai guardar armas apreendidas

O secretário de Segurança Pública, Irapuan Costa Júnior, o presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), desembargador Gilberto Marques Filho, e o procurador-geral de Justiça, Benedito Torres Neto, assinaram termo de cooperação que regulamenta a adoção e realização de procedimentos para controle da apreensão, armazenamento e destinação de armas de fogo apreendidas.

Para isso, serão criados depósitos em batalhões da Polícia Militar. Na prática, o acordo vai desafogar o Judiciário da obrigação de estabelecer espaço físico para o depósito de armas e garantir mais segurança a toda comunidade. “É uma medida que vai tirar as armas de condições de vulnerabilidade. Os quartéis militares são locais fortes e muito protegidos de qualquer investida da criminalidade”, afirmou Irapuan.

O documento também trata de veículos recuperados e regulamenta as competências de cada órgão envolvido. A SSP, por meio das forças policiais, ficará responsável por medidas administrativas para formalizar apreensões de objetos, devolver quando forem de alguma força policial, solicitar a identificação e o depósito das armas.

Também ficará sob a responsabilidade da SSP investigar crimes relacionados aos objetos apreendidos, realizar perícias e indicar os batalhões da Polícia Militar onde funcionarão os depósitos. O Tribunal de Justiça decidirá sobre a destinação dos objetos, autorizando – quando for de interesse público ou social -, a utilização por uma das forças armadas ou o encaminhamento das armas de fogo ao Exército Brasileiro para destruição.

Deverá, ainda, destinar munições de processos judiciais concluídos para o uso em treinamento das forças policiais. Caberá ao Ministério Público fiscalizar os procedimentos que tratam de armas de fogo apreendidas e veículos recuperados. Inicialmente, o acordo prevê a instalação de depósitos em Goiânia, Caldas Novas, Jataí, Luziânia e Uruaçu.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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