Última atualização 07/03/2022 | 14:27
Com o objetivo de diminuir a criminalidade, uma base da Polícia Militar (PM) será inaugurada na Região da rua 44, no Setor Norte Ferroviário, região Central de Goiânia. O posto está situado na Rua 67-a, próximo a Alameda Contorno. Apesar da inauguração nesta segunda-feira (7), às 15 horas, o Major Marcelo Constantino garante que a equipe já atua na região há 15 dias.
De acordo com o Major, a nova unidade contribui para o combate de crimes na região, que é o segundo maior polo de moda do Brasil. Ao todo serão mais de 25 militares trabalhando para garantir a segurança dos lojistas e atacadistas.
“A região da 44, juntamente com a feira Hippie, na baixa temporada, conta com a movimentação de 1 milhão de pessoas. Em épocas festivas, esse número pode chegar a 3 milhões. E aqui é dividido em dois batalhões, o 9º e 38º batalhão. Só que essas viaturas dos batalhões precisam sair para atender ocorrências em outros bairros e às vezes a região fica desguarnecida. E agora com o Batalhão terminal, equipe que é acostumada com muitas pessoas, vai garantir a segurança da área, juntamente com equipes especializadas como a Rotam”, explicou o Major Constantino.
Combate a criminalidade
Ele ressalta que durante esses quinze dias, os militares já atuam na desarticulação do tráfico de drogas.
“Nós estamos recuperando os espaços públicos que estão sendo usados como ‘mocós’ (ponto de venda de drogas), os banheiros públicos que também estão sendo usados como pontos de drogas. Nós vamos incomodar a criminalidade”, afirmou o comandante do batalhão.
O major explica que já foram efetuadas prisões de suspeitos de furto e roubo, tráfico de drogas e pessoas com porte ilegal de armas. Para o vice-presidente da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), Lauro Naves, a presença dos militares está transmitindo uma sensação maior segurança para os frequentadores da região.
“A ação prática do batalhão tem tido um efeito bom aqui na região. O trabalho deles automaticamente tem transmitido uma segurança muito maior para os turistas que compram, para os lojistas. Nós tivemos aqui anteriormente alguns eventos de furtos em galerias no período noturno, depois da presença da PM aqui não tivemos mais nenhuma ocorrência. Então, a gente entende que isso veio para somar à região” ressaltou Naves.
Fiscalização
Apesar do respaldo da PM, Naves diz que ainda é necessário um apoio maior do grupo de fiscalização da Prefeitura de Goiânia, em parceria com a Guarda Civil Metropolitana. Apelidada pelos trabalhadores da região de ‘o rapa”, o grupo é responsável por tirar os vendedores ambulantes das ruas que compõem a região da 44.
“Nós precisamos também de uma atuação mais intensa da fiscalização. Hoje o que proporciona os furtos na região são as aglomerações e, como o ambulante está na rua, ele dificulta o trânsito dos trabalhadores, dos turistas e favorece a ação dos marginais. Então, além da Polícia Militar nós estamos cobrando também a presença da fiscalização”, argumentou o vice-presidente da AER44.
De acordo com a lojista, Sara Souza, nem todos os trabalhadores já conseguiram sentir um impacto em relação a segurança na região.
“Ter o posto policial aqui na 44 na teoria é ótimo, mas eles não têm feito muita coisa por nós. A gente não vê eles aqui na rua, realizando abordagem. Eu mesma, fecho a loja por volta das 17 horas, está aquela ‘muvuca’ de gente, polícia de que é bom, nada. E a gente precisa, porque tem muito furto aqui, e é muito difícil achar um policial. A gente fica confiando nos seguranças das galerias”, contou a lojista.
A equipe do Diário do Estado entrou em contato com a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), responsável pela fiscalização na área, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta. Entretanto, o espaço continua aberto.