PMDF informa ao STF que policial preso por suspeita de atentado contra Lula precisa de tratamento médico externo

A PMDF informou ao STF que o policial federal preso por suspeita de plano para matar Lula precisa fazer tratamento médico fora da prisão. Trata-se do policial federal Wladimir Matos Soares, preso em novembro de 2024, pela suspeita de ter contribuído com a trama golpista que envolvia o assassinato de Luiz Inácio Lula da Silva, repassando informações sobre a segurança do então presidente eleito.

A investigação indicou que o agente teria se infiltrado na segurança de Lula e atuado como “elemento auxiliar do núcleo vinculado à tentativa de golpe de Estado”. A defesa do policial informou o STF sobre a condição de saúde do preso e a necessidade de tratamento fora do presídio. Moraes solicitou relatório médico e a possibilidade de tratamento da unidade prisional e recebeu a resposta da PMDF.

Questionada por Moraes sobre as condições de fornecer tratamento ao preso, a PMDF respondeu que não dispõe de tratamento especializado no Complexo Penitenciário da Papuda. Portanto, indica que o preso precisa sair para receber os atendimentos necessários. Wladimir teve uma lesão no ombro e foi submetido a uma intervenção cirúrgica em outubro de 2024, recomendando-se reabilitação por meio de fisioterapia.

Caso seja atestado que o tratamento adicional é necessário, a PMDF solicita escolta especializada da Polícia Federal para os atendimentos fora da prisão. Wladimir teria encaminhado mensagens a pessoas próximas ao então presidente Jair Bolsonaro, repassando informações sobre a segurança de Lula. O plano “Punhal Verde e Amarelo”, interceptado pela operação Contragolpe da PF, envolvia o envenenamento de Lula.

A PF mostrou que o policial se inseriu no contexto da trama ao repassar informações sigilosas sobre a segurança de Lula para grupos golpistas. A Operação Contragolpe visa desarticular organizações criminosas que planejaram golpes de Estado em 2022 para impedir a posse de Lula e atacar o STF. Conforme o relatório, Wladimir se colocou à disposição para participar do golpe no período entre a diplomação e posse do governo eleito.

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