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PMs são denunciados por sequestrar e extorquir mais de R$ 20 mil de suspeito de traficar drogas, em Goiânia

Última atualização 28/01/2022 | 08:21

Dois policias militares estão sendo investigados pela Corregedoria da Polícia Militar (PM), suspeitos de extorquir um jovem suspeito de traficar drogas, em Goiânia. O sargento, de 33 anos, e o soldado, 34, teriam recebido mais de R$ 20 mil, mas foram denunciados pelos familiares do homem, após exigirem mais dinheiro para não prendê-lo

A denúncia foi feita pela avó do jovem à Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), que prendeu os suspeitos em um ponto de encontro no Parque das Laranjeiras, em Goiânia. Segundo a mulher, o traficante foi sequestrado no último dia 20, após marcar um encontro com uma garota que conheceu no Instagram.

Entretanto, o jovem foi surpreendido por dois homens armados que se apresentaram como policias. Segundo a família do suspeito, ele teria sido rendido, algemado e agredido pelos homens que o acusaram de traficar drogas. Posteriormente, ele foi solto após os policiais exigirem o pagamento de R$ 20 mil para não prendê-lo.

Chantagem

Ainda de acordo com a avó do jovem, dois dias depois do sequestro os homens exigiram um PIX de R$ 1.500 para que o jovem não fosse preso. O valor foi repassado aos policias que voltaram a fazer novas ameaças caso a família não pagasse uma nova quantia de R$ 5 mil. Porém, os dois suspeitos foram abordados pela Rotam no local onde receberiam o valor.

No momento em que foram abordados, os dois PMs estavam com celulares de última geração, além de mais de R$ 9 mil em espécie. Ao serem questionados sobre o dinheiro, eles disseram que era proveniente de um comércio que ambos têm em sociedade e que estavam no local monitorando um traficante que mora na região. Ao dizer o nome do suspeito à Rotam, eles foram presos já que era o mesmo do jovem que estava sendo extorquido.

O sargento e o soldado foram encaminhados à corregedoria da PM que investiga o caso. Como não houve flagrante, eles foram liberados após o depoimento. Ao ser procurada, a PM diz que não possui conhecimento do caso.

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