Última atualização 27/10/2022 | 12:53
O Cadastro Único (CadÚnico) é um sistema do Governo Federal que monitora as pessoas que se beneficiam de programas sociais no Brasil. Pegando o recorte do governo Bolsonaro, o número de usuários em Goiás saltou de 787.450, em janeiro de 2019, para 1.189.339, em agosto de 2022.
A pobreza entre governos em Goiás
Como base de comparação, vamos trazer os dados familiares do CadÚnico a partir de agosto de 2012, os mais antigos presentes no site oficial. Naquele mês em questão, 711.627 pessoas possuíam cadastro no serviço em Goiás. Vale ressaltar que, naquele momento, o País estava sob o governo de Dilma Rousseff.
Ao longo de seus mandatos, até abril de 2016, quando foi afastada e Temer assumiu inteirinamente, os números do CadÚnico em Goiás oscilaram bastante. O pico aconteceu em fevereiro de 2015, quando 889.130 estavam em situação de pobreza no estado. O índice mais baixo foi justamente em agosto de 2012, quando haviam 711.627 goianos cadastrados.
Quando Michel Temer assumiu de forma definitiva a presidência da República, em setembro de 2016, o índice continuou crescendo até que começou a oscilar, assim como no governo de sua antecessora. Durante o governo Bolsonaro, a história passou a ser outra.
Em janeiro de 2019, 787.450 famílias de Goiás estavam em situação de pobreza. Os números continuaram subindo até agosto, quando alcançaram 837.720 cadastrados no CadÚnico. Então, houve uma queda abrupta, antes de um novo crescimento e situação de oscilação.
Durante os principais períodos da pandemia da Covid-19, o índice se manteve relativamente estável até novembro de 2020, com 822.343 pessoas em cenário de pobreza. Dali para frente, a quantidade começou a subir e não parou mais, nem depois da retomada da economia e da ampla vacinação no País.
O pico de cadastros no CadÚnico alcançou o ápice justamente em agosto de 2022, com 1.189.339. Portanto, desde o início do governo Bolsonaro, houve um aumento de 51,03% no cálculo de pobreza no estado de Goiás em relação ao primeiro mês de mandato do atual presidente.
Outros dados do CadÚnico
Entre as 1.180.339 pessoas com cadastro ativo do CadÚnico em Goiás, 377.114 (32%) vivem em extrema pobreza, com 180.050 (15%) em situação de pobreza. Ainda, são 313.310 (26%) famílias de baixa renda. A situação é pior entre crianças e adolescentes de 7 a 15 anos, que compõem um total de 409.394 pessoas (19,4%).
Um dos programas sociais que o governo do estado promove para evitar o crescimento deste gráfico é o Mães de Goiás. O serviço assiste cerca de cem mil famílias com um cartão de R$ 250 por mês para mães com filhos de até seis anos de idade e em situação de vulnerabilidade, a serem utilizados na compra de mantimentos e remédios em estabelecimentos cadastrados nas cidades goianas.