PoderData: em situação equilibrada, Lula tem 52% e Bolsonaro, 48%

Lula e Bolsonaro pesquisa PoderData

Na primeira pesquisa PoderData relativa ao segundo turno da disputa pela presidência nas Eleições 2022, Lula (PT) e Bolsonaro (PL) aparecem em situação de bastante equilíbrio. Considerando apenas os válidos, o petista soma 52% das intenções de voto, contra 48% do atual presidente. O levantamento contou com 3,5 mil entrevistas entre 3 e 5 de outubro, com pessoas de todo o Brasil.

Equilíbrio entre Lula e Bolsonaro

No total de votos do PoderData, Lula possui 48%, enquanto Bolsonaro ostenta 44%. Além disso, brancos e nulos compõem 6%, e 2% não souberam responder. Portanto, como a votação inclui apenas os votos válidos, essa porcentagem de 8% não entra em consideração.

A margem de erro da PoderData é de 1,8 pontos percentuais. Isso significa que, embora Lula e Bolsonaro estejam muito próximos um do outro, não chega a ser uma situação de empate técnico. Em um cenário no qual Lula caísse na margem de erro e Bolsonaro subisse, eles poderiam ficar com 50,2% e 49,8%, respectivamente. Assim, Lula se manteria na frente, mas com uma vantagem apertada.

A PoderData também levou em consideração outras questões. Entre as mulheres, Lula tem vantagem de 54% contra 46% de Bolsonaro. Já entre os homens, os candidatos apresentam um empate de 50% a 50%. Quanto à escolaridade, Lula se dá melhor entre os eleitores que cursaram até o Ensino Fundamental, enquanto Bolsonaro se sobressai com os que completaram o Ensino Médio, mas não o Superior.

Analisando geograficamente, Lula tem uma clara vantagem no Nordeste (67% a 33%). Por outro lado, Bolsonaro ganha no Sul (56% a 44%) e no Sudeste (53% a 47%). No Centro-Oeste e no Norte, há uma situação de empate técnico, mas com o atual presidente um pouco à frente nas duas regiões.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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