Grandes cargas de bebidas de origem ilícita foram apreendidaa pela Policia Civil do estado de Goiás (PCGO) por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (DECAR). Ao todo, foram 20 caminhões de produtos apreendidos. As mercadorias eram revendidas em cinco grandes distribuidoras de bebidas com sedes na região metropolitana de Goiânia.
Delegado Alexandre Bruno
Com apoio da Policia Militar do estado de Goiás (PMGO) e da Secretaria da Economia do Estado de Goiás, foi descoberto que os empresários envolvidos criaram um sistema de emissão de notas de pessoas jurídicas de outras unidades da federação, todas em nomes de “laranjas”. Esses eram os responsáveis por “esquentar” as cargas desviadas.
De acordo com o Delegado Alexandre Bruno, titular da DECAR, a investigação iniciou há dois meses atrás, logo depois de descobrirem a situação.
“Tomamos conhecimento a menos de 2 meses sobre a situação, foi feita a investigação que desvelou que distribuidoras de bebidas aqui no estado de Goiás, principalmente aqui dentro da grande Goiânia, compravam essas mercadorias de empresas que seriam fabricantes do triangulo mineiros, Mato grosso do sul. Mas essas mercadorias eram fruto de subtração de cargas, grande parte delas eram esquentada com notas de empresas “noteiras” e trazidas para dentro de Goiânia”, disse Bruno.
Ainda de acordo com o delegado, por conta do volume financeiro negociado pelos empresários, as notas eram emitidas em nome de “laranjas”, e trouxe um prejuízo milionário para os fabricantes.
“Essas notas eram emitidas em notas de laranjas e a policia conseguiu desvelar todas elas. Com a ajuda da Secretaria da Economia e do Batalhão Fazendário, nós descobrimos a origem desses produtos. Estamos prosseguindo a investigação para acharmos mais empresários envolvidos, no momento são 12 e os prejuízos mensais para os fabricantes ultrapassam o valor de 20 milhões por mês” , completa o delegado.
A Secretaria da Economia foram os responsáveis por autuar todas as pessoas jurídicas que organizaram e participaram do esquema.
Segundo a polícia todos os investigados já foram identificados serão presos e terão a suspensão do funcionamento das atividades comerciais de suas empresas. As investigações continuam com o objetivo de desmanchar a organização criminosa.
Os investigados irão responder por receptação qualificada, sonegação fiscal e organização criminosa.