Polícia apreende ônibus com suspeita de drogas em compartimento secreto; VÍDEO

Polícia apreende ônibus que levava mais de 20 paraguaios após suspeita de drogas em ‘compartimento secreto’; VÍDEO

Imagens mostram ‘fundo falso’ no veículo apreendido em Guarujá (SP).

Um ônibus que transportava mais de 20 paraguaios foi apreendido pela Polícia Civil sob suspeita de transportar drogas em Guarujá, no litoral de São Paulo. Nas imagens obtidas pelo DE nesta quinta-feira (9), é possível observar um ‘fundo falso’ no veículo onde os entorpecentes poderiam estar escondidos. Até o momento, nenhuma prisão foi efetuada e nenhum entorpecente foi encontrado.

O veículo foi apreendido na esquina da Avenida Puglisi com a Rua Buenos Aires, no Centro da cidade. Em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo, o delegado da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), Fabiano Barbeiro, explicou que as investigações apontaram que duas toneladas de entorpecentes tinham Santos como destino.

“Fizemos um acompanhamento desse ônibus, fizemos abordagem e encontramos no interior do ônibus um compartimento falso, um local onde eles estariam guardando as drogas”, afirmou o delegado.

Por meio de nota, a Prefeitura de Santos informou que a Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada e auxiliou a Polícia Civil com um cão farejador, altamente treinado para detectar drogas. O animal foi utilizado para inspecionar o veículo e os passageiros paraguaios. Segundo informações da SSP-SP, os paraguaios foram ouvidos e liberados, e o veículo apresentava adulteração no emplacamento, sendo apreendido para realização de perícia junto ao Instituto Criminalística (IC).

Barbeiro afirmou que as investigações continuam para identificar o proprietário do ônibus e todos os envolvidos. Ele mencionou também que a ação tem como alvo o tráfico de drogas em larga escala, principalmente para o abastecimento dos pontos de venda na Baixada Santista. Os passageiros foram encaminhados para o setor de assistência social da Prefeitura de Santos, e o Consulado do Paraguai foi notificado sobre a situação. A administração municipal está apurando a atuação no acolhimento aos paraguaios.

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Norovírus em Mutação: Desafios e Surto de Virose no Litoral de São Paulo

Causador de virose no litoral de São Paulo tem rápida mutação; entenda

Instituto Adolfo Lutz, laboratório de referência do Estado, detectou o norovírus
em amostras humanas de fezes coletadas na Baixada Santista, no litoral de São Paulo.

O norovírus, detectado em amostras humanas de fezes coletadas na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, é a principal causa de diarreia provocada por vírus no mundo. Ele ganhou espaço e se tornou um desafio devido às frequentes mutações genéticas e recombinações, que possibilitam a infecção de uma pessoa mais de uma vez e dificultam o desenvolvimento de uma vacina.

A região da Baixada Santista enfrenta um surto de virose com milhares de moradores e turistas infectados. Os casos começaram em dezembro e tiveram um agravante durante as festas de fim de ano. O causador norovírus foi descoberto pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL) na última quarta-feira (8).

A virologista e coordenadora do serviço de referência regional para rotavírus e norovírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Fernanda Marcicano Burlandy, explicou ao DE que os primeiros registros surgiram após um surto de gastroenterite na cidade Norwalk, em Ohio, nos Estados Unidos, em 1968.

Naquela época, de acordo com o médico infectologista e professor universitário Evaldo Stanislau, o norovírus era mais restrito a ambientes de confinamento, como escolas e navios de cruzeiro. O cenário mudou e, segundo o especialista, ele ‘perdeu a competição’ com os outros vírus, estando também presente em locais com aglomeração e água contaminada, como as praias do litoral paulista.

Durante décadas, o rotavírus foi o responsável por surtos de gastroenterites. No entanto, Fernanda Burlandy explicou que os casos diminuíram após a descoberta da vacina. “Ele foi reduzido e, então, os norovírus passaram a ser encontrados em grande parte dos surtos descritos”, afirmou.

A virologista disse que há estudos de vacinas para o norovírus, mas nenhuma foi licenciada. De acordo com ela, a dificuldade no desenvolvimento da imunização acontece porque o material genético do vírus tem a capacidade para sofrer grandes alterações, ou seja, mutações genéticas.

“Essas mutações, sendo acumuladas ao longo do tempo, podem propiciar que os sintomas se tornem mais severos e também que as pessoas tenham novas infecções por vírus que estão se tornando diferentes,” destacou Fernanda Burlandy.

DE acordo com Stanislau, tais mutações e recombinações genéticas podem acontecer dentro da própria pessoa infectada. Ele acrescentou que as mudanças climáticas também facilitam a proliferação do norovírus. “O aumento de chuvas tem uma potencial disseminação mais facilitada, facilita a transmissão hídrica desse vírus, evidentemente por contato de esgoto,” disse.

O norovírus, detectado em amostras humanas de fezes coletadas na Baixada
Santista, no litoral de São Paulo, é a principal causa de diarreia provocada por
vírus no mundo. Ele ganhou espaço e se tornou um desafio devido às frequentes
mutações genéticas e recombinações, que possibilitam a infecção de uma pessoa
mais de uma vez e dificultam o desenvolvimento de uma vacina.

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