Polícia britânica identifica dois dos três terroristas responsáveis por ataque

A polícia britânica identificou, nesta segunda-feira (5), dois dos três responsáveis pelo ataque que matou sete pessoas e feriu 48 no último sábado (3), em Londres. Os nomes dos terroristas são Khuram Shazad Butt e Rachid Redouane.

Khuram Shazad Butt, de 27 anos, era britânico de origem paquistanesa. Ainda de acordo com a polícia, ele era “conhecido das autoridades”, mas nada indicava que um ataque estava sendo planejado. De acordo com a BBC, ele era casado e tinha filhos.

A imprensa inglesa afirma que ele aparece num documentário de televisão exibido no ano passado pela emissora channel 4 e que trata de extremistas britânicos. No programa, chamado “The jihadis next door” (os jihadistas da porta ao lado) o terrorista foi filmado em eventos com a presença de dois notórios pregadores islâmicos.

O terrorista havia trabalhado anteriormente para a empresa de transporte londrina e numa rede de fast food, disseram os vizinhos.

Rachid Radouane, 30 anos, era marroquino de origem líbia. Ele não estava nos radares do serviço de segurança do Reino Unido.

“Os investigadores gostariam de escutar qualquer pessoa que tenha qualquer informação sobre esses homens, e que possa colaborar com a investigação. Há um interesse específico em saber sobre quais lugares eles podem ter frequentado e sua movimentação nos dias e horas antes do ataque”, afirmou o chefe da unidade antiterrorista da polícia britânica, Mark Rowley.

Rowley também comentou sobre o trabalho da divisão antiterrorismo da polícia e do serviço de inteligência britânico.

“O tempo todo, o MI5 e a polícia estão realizando cerca de 500 investigações, envolvendo 3.000 indivíduos de interesse. Além disso, 20 mil indivíduos já foram assunto de interesse, e seu risco permanente está sujeito à revisão pelo MI5 e seus parceiros. Os serviços de segurança e inteligência desmantelaram 18 tentativas de ataque desde 2013, cinco delas desde o atentado de Westminster, há dois meses”.

Ambos os homens residiam em Barking, bairro na região leste de Londres, e que no último domingo (4) foi alvo de uma operação da polícia que prendeu suspeitos de colaborarem com o atentado. Até agora, 12 pessoas foram presas – sete homens e cinco mulheres – e seis propriedades foram alvo de operações de busca. Um homem e uma mulher que foram detidos já foram liberados.

Junto com um terceiro terrorista, ainda não identificado, os dois foram alvejados pela polícia de Londres após atropelarem pedestres na London Bridge e esfaquearem pessoas que estavam na região do Borough Market. Leia mais sobre a sequência das ações.

Na noite de domingo, o grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque.

Fonte: G1

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Espanha investiga Airbnb em ofensiva contra aluguéis turísticos irregulares

O governo da Espanha abriu uma investigação sobre o Airbnb, acusando a plataforma de não remover milhares de anúncios irregulares que, segundo autoridades e moradores, contribuem para a falta de moradias e a elevação dos preços de aluguel e imóveis no país.

A ação foi divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo Airbnb, que confirmou ser alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério dos Direitos do Consumidor. O órgão, no entanto, não mencionou o nome da empresa publicamente. Caso seja considerada culpada, a plataforma enfrenta uma multa de até 100 mil euros (cerca de R$ 650 mil) ou um valor equivalente a quatro a seis vezes o lucro gerado pelas práticas consideradas irregulares.

A investigação integra uma ampla campanha da Espanha para limitar o impacto do aluguel turístico em cidades, especialmente em plataformas como Airbnb e Booking.com. Muitos espanhóis atribuem a essas práticas a escassez de moradias, o turismo excessivo e a dificuldade dos moradores locais em pagar aluguéis.

De acordo com o Ministério dos Direitos do Consumidor, a plataforma investigada foi notificada para remover anúncios de imóveis classificados como “publicidade ilegal” devido à ausência de licenças para uso turístico, mas a solicitação não foi atendida, resultando no início de um processo disciplinar.

Defesa do Airbnb

O Airbnb afirmou que orienta os anfitriões a garantir que possuem as permissões necessárias para alugar seus imóveis e seguem as normas locais. A empresa alegou que o governo não forneceu uma lista clara de anúncios fora de conformidade e argumentou que nem todos os proprietários precisam de licença para alugar.

Além disso, a plataforma contestou a autoridade do Ministério para regulamentar aluguéis de curto prazo, citando decisões judiciais, incluindo uma de 2019 do Tribunal de Justiça da União Europeia, que classificou o Airbnb como um “serviço da sociedade da informação”, e não como um agente imobiliário. A empresa declarou ainda que não tem obrigação de monitorar os conteúdos publicados, em conformidade com a Lei de Serviços Digitais.

Regulamentação mais rígida em andamento

O Ministério dos Direitos do Consumidor reforçou que a maioria das regulamentações regionais exige que anúncios de residências turísticas incluam o número da licença, e a ausência dessa informação é considerada publicidade ilegal. O porta-voz do órgão evitou comentar diretamente sobre a investigação, alegando não poder confirmar o nome da plataforma envolvida.

Medidas mais severas contra aluguéis turísticos já foram tomadas em Barcelona. Em junho, o prefeito Jaume Collboni anunciou a proibição total de aluguéis de curto prazo até 2028. A decisão, atualmente contestada por associações de proprietários de imóveis turísticos, foi criticada pelo Airbnb, que alegou favorecer apenas o setor hoteleiro, sem resolver os problemas de turismo excessivo e crise imobiliária.

A repressão aos aluguéis turísticos não se limita à Espanha. Outros países europeus, como Itália e Croácia, também adotaram ações para restringir o crescimento desse tipo de locação.

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