Polícia Civil conclui casos de negligência médica com morte de dois idosos

Polícia Civil encerra investigações sobre casos de negligências médicas que causaram a morte de dois idosos

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) finalizou dois inquéritos envolvendo erros médicos que levaram dois idosos a óbito. Os dois casos foram investigados pela Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso de Goiânia (DEAI), no âmbito da Operação Hipócrates.

O primeiro caso aconteceu em 2016, quando um homem de 75 anos faleceu após complicações decorrentes de uma cirurgia de angioplastia transluminal por vaso a qual foi submetido em um hospital em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana.

A negligência ocorreu quando o médico que realizou a cirurgia recusou atender o paciente, o que levou os familiares a procurarem vários hospitais, até a morte da vítima.

Segundo caso aconteceu dentro de UTI

O segundo caso investigado no âmbito da Operação Hipócrates aconteceu em 2022, quando um idoso veio à óbito após a queda na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na qual estava internado. Uma das filhas da vítima percebeu a queda e pediu ajuda à equipe médica de plantão, mas os profissionais negaram a queda.

Como a lesão no cérebro não foi constatada de imediato, o homem faleceu três dias depois do acidente. A lesão poderia ser constatada com um exame de tomografia cerebral e a hemorragia no órgão em decorrência da lesão poderia ter sido solucionada com uma cirurgia.

De acordo com informações da Polícia Civil, os dois médicos responsáveis pelo paciente foram indiciados por homicídio culposo praticado por negligência.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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