Polícia Civil concluí investigações sobre conflito entre Torcidas Organizadas em Goiânia

A Polícia Civil de Goiás, por meio da DPCA/Goiânia concluiu as investigações associadas ao conflito entre Torcidas Organizadas ocorrida no  dia 11/04//2021, o qual terminou no atropelamento de dois adolescentes que não são participantes dos grupos, gerando as vítimas traumatismo craniano e outras diversas lesões físicas.

16 pessoas foram indiciadas pelos crimes investigados, entre eles tentativa de homicídio, roubo, omissão de socorro, associação, associação criminosa, apologia ao crime, como também os crimes previstos no Estatuto do Torcedor, diante da prática deliberada de violência em um raio de 5.000 metros ao redor do evento esportivo (Estádio OBA).

Ao longo das investigações, descobriu-se ainda que parte dos indivíduos estariam envolvidos em outra associação criminosa, voltada à prática de Golpes via Pix no Estado de Goiás, utilizando os meios virtuais para iludir vítimas, geralmente vulneráveis, a fim de extrair vantagens ilícitas. Além disso a Polícia Civil apurou que um dos membros do grupo também atuava na prática do crime de tráfico de drogas. Os indivíduos também foram indiciados por estelionato qualificado, associação criminosa e tráfico de drogas.

A Polícia Civil considerou que o crimes tiveram como motivação a guerra entre as torcidas organizadas no estado (Esquadrão Vilanovense X Força Jovem Goiás) e perante o histórico violento destas associações rivais, a polícia civil sugeriu ao MP-GO e ao TJ-GO a suspensão das respectivas atividades destes grupos, de forma que impeça a utilização de faixas, vestimentas, cartazes, bandeiras ou qualquer outro meio que os faça serem identificados como torcidas organizadas, tanto em estádios, quanto fora deles.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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