Polícia Civil de Goiás desmascara “estelionato amoroso” de estrangeiro; entenda

Polícia Civil de Goiás desmascara “estelionato amoroso” de estrangeiro; entenda

A Polícia Civil de Goiás, em ação conjunta com a Polícia Civil de São Paulo, desencadeou a Operação Smith, que resultou na prisão de dois homens, nesta quinta-feira, 20, por um golpe conhecido como “Estelionato Amoroso”. Uma mulher residente na cidade de Águas Lindas de Goiás foi alvo do golpista, que a fez perder aproximadamente R$ 10 mil.

As investigações revelaram que o criminoso, se passando por um militar americano, adicionou a vítima nas redes sociais e obteve seu número de telefone pessoal. Durante 24 dias, o golpista manteve contato diário com a vítima, conquistando sua confiança.

A trama atingiu seu ápice quando o falso militar afirmou ter enviado valiosos presentes, incluindo joias e outros bens, porém, alegou que esses objetos ficaram retidos na rede aeroportuária do Brasil, exigindo o pagamento de uma taxa exorbitante de R$ 10 mil para a liberação dos produtos.

Após a investigação, a Polícia desvendou a identidade do criminoso por trás do golpe: um homem nigeriano, de 35 anos, residente em São Paulo/SP. Seu estilo de vida luxuoso e movimentações bancárias suspeitas chamaram a atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). “Nos últimos seis meses, em apenas uma de suas contas bancárias, ele movimentou cerca de R$ 1,4 milhão. O que era incompatível com sua renda declarada”, afirmou o delegado do caso, João Carlos Freitas Júnior. Como resultado, sua prisão preventiva foi decretada.

Cumplice

O segundo golpista, um jovem de 18 anos também residente em São Paulo capital. “Ele era operador financeiro do esquema. Sua atribuição era receber os valores angariados com os golpes”, explica o delegado. Ele foi identificado como responsável por outras vítimas enganadas, que também caíram na armadilha.

Em apenas dois meses, uma de suas contas apresentou uma movimentação assustadora de R$ 200 mil. Sua prisão preventiva também foi decretada após a descoberta desses fatos. Os presos, após passarem por procedimentos legais, aguardam a audiência de custódia, ficando à disposição do Poder Judiciário do Estado de São Paulo.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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