A Polícia Civil de Passos (MG) está investigando um esquema de venda de atestados médicos falsos que utilizavam nomes e carimbos de médicos da Santa Casa de Misericórdia da cidade. O caso veio à tona quando um médico procurou a delegacia para relatar o uso indevido de sua identidade em documentos apresentados a empresas locais. Segundo as investigações, os atestados eram vendidos para trabalhadores interessados em obter dispensas fraudulentas de 3 a 15 dias, com valores entre R$ 50 e R$ 100.
Nesse esquema, quatro compradores e um intermediário já foram identificados e ouvidos pela Polícia Civil. O delegado Marcos Pimenta, chefe do 18º Departamento de Polícia Civil de Poços de Caldas, destacou que essas pessoas podem ser indiciadas por crimes graves, como falsidade ideológica e associação criminosa, com penas de até cinco anos de prisão. A Santa Casa de Passos colabora com as investigações e é considerada vítima do crime, uma vez que o nome de seus profissionais foi utilizado sem autorização.
O delegado alertou para a gravidade desse tipo de fraude, que pode comprometer a imagem dos médicos e prejudicar a relação de trabalho das empresas envolvidas. Além do caso em Passos, outras cidades do Sul de Minas, como Muzambinho, Varginha e Pouso Alegre, também registraram ocorrências semelhantes em 2024. Em algumas dessas localidades, indivíduos foram presos por envolvimento na venda e emissão de atestados médicos falsos.
A prática de venda de atestados médicos falsos é considerada crime e pode acarretar sérias consequências legais para os envolvidos. Por isso, é importante que tanto profissionais da saúde quanto empresas estejam atentos a possíveis fraudes desse tipo. A colaboração e a denúncia da população são fundamentais para auxiliar as autoridades a combater esse tipo de crime e garantir a integridade e a segurança no ambiente de trabalho.
A Polícia Civil segue com as investigações em Passos para esclarecer o papel de cada envolvido no esquema e identificar possíveis novos participantes. A cooperação entre as autoridades e as instituições locais é essencial para a prevenção e o combate a esse tipo de fraude, que prejudica não apenas os profissionais de saúde e as empresas, mas também a sociedade como um todo. É fundamental que medidas rigorosas sejam tomadas para coibir a prática de venda de atestados médicos falsos e garantir a transparência e a lisura nas relações de trabalho.




