A Polícia Civil de SP está realizando buscas para prender 10 torcedores palmeirenses suspeitos de participar de uma emboscada a cruzeirenses da Máfia Azul, que resultou na morte de um torcedor e deixou outros 15 feridos. A operação conduzida pelo DHPP acontece nesta terça-feira (1º), em decorrência de um inquérito que apura as responsabilidades de membros da Mancha Alviverde por esse ataque, que aconteceu em outubro de 2024, em Mairiporã, na Grande SP.

Entre os palmeirenses denunciados estão Jorge Santos, ex-presidente da Mancha Alviverde, Felipe dos Santos, conhecido como ‘Fezinho’ e vice-presidente, Leandro Santos, o ‘Leandrinho’, e Neilo Silva, o ‘Largartixa’. A Polícia busca cumprir nove mandados de prisões temporárias e um de prisão preventiva, além de 12 mandados de busca e apreensão em imóveis dos investigados.

Os torcedores do Palmeiras atacaram os cruzeirenses da Máfia Azul em uma emboscada na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, no dia 27 de outubro de 2024. Mais de 60 policiais e 20 viaturas do DHPP participam da “Operação Agguato 2” para prender os envolvidos nesse grave episódio de violência envolvendo as torcidas organizadas.

Até o ano passado, 20 torcedores da Mancha eram réus no processo relacionado à morte de um cruzeirense e ferimentos em outros integrantes da Máfia. A Justiça expediu mandados de prisão preventiva para os envolvidos e aguarda a marcação da audiência para dar continuidade ao processo, que incluirá depoimentos de testemunhas e interrogatórios dos réus para decidir se serão levados a júri popular.

A Promotoria sugere que a Justiça condene os palmeirenses a pagar uma indenização por danos materiais e morais no valor de R$ 10 milhões, a ser dividida entre os sucessores do cruzeirense falecido, as vítimas sobreviventes e a prefeitura de Mairiporã. A investigação também abrange um homem ligado a uma torcida organizada do Vasco da Gama, suspeito de envolvimento na emboscada dos palmeirenses aos cruzeirenses, que tem relação com a Mancha.