Polícia Civil desarticula rede de tráfico de drogas que atuava entre servidores públicos em Brasília

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu quatro suspeitos ligados a uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas, que fornecia entorpecentes para servidores de órgãos públicos, incluindo o Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. A operação, denominada “Shadow”, foi deflagrada na quinta-feira, 10, e resultou na apreensão de 2 kg de maconha, R$ 3 mil em espécie, balança de precisão, caderno de anotações, munições calibre .38 e um veículo.

Entre os presos, destaca-se um homem de 23 anos, capturado em Águas Lindas de Goiás, que utilizava vários endereços para despistar as autoridades. Outros três suspeitos foram detidos em Samambaia e Ceilândia, no Distrito Federal. Todos são acusados de integrar uma rede de distribuição de drogas que operava por meio de grupos de WhatsApp e transferências bancárias. A operação contou com a participação de cerca de 50 policiais civis, com apoio da Divisão de Operações Especiais (DOE) e cães farejadores.

As investigações, que duraram aproximadamente 12 meses, revelaram que o grupo criminoso distribuía drogas nas proximidades do STF. No entanto, em nota, o Supremo negou o envolvimento de servidores e esclareceu que o fornecimento das substâncias ocorria em um estacionamento adjacente ao tribunal, que não está sob sua responsabilidade. O STF ainda reiterou que colabora com as investigações sempre que solicitado e afirmou que já tentou regularizar o controle da área junto ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Os suspeitos vão responder por tráfico de drogas e associação ao tráfico, com penas que podem chegar a 15 anos de prisão. O delegado responsável pela operação, Rafael Catunda, ressaltou que um dos alvos da investigação era um terceirizado que atuava em órgãos públicos e servia como elo entre os usuários, majoritariamente servidores com alto poder aquisitivo, e os traficantes.

A operação Shadow segue com as investigações para identificar outros envolvidos na rede de distribuição de entorpecentes.

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