Polícia Civil do DF prende organização criminosa que vendia ‘cogumelos mágicos’
para todo o país
Uma operação realizada pela Polícia Civil do Distrito Federal resultou na prisão de uma organização criminosa que se dedicava à venda de “cogumelos mágicos” em diversas regiões do Brasil. Essa ação aconteceu em oito estados diferentes, envolvendo a prisão de nove pessoas e a apreensão de mais de 3 mil pacotes desses cogumelos alucinógenos. De acordo com as autoridades, essa é a maior rede de produção e distribuição dessas substâncias já identificada em território nacional.
A investigação da Polícia Civil do DE revelou que essa organização criminosa atuava de forma ampla, utilizando as redes sociais para anunciar e comercializar os “cogumelos mágicos”. Esses produtos eram disponibilizados para venda em diversas plataformas online, sendo posteriormente entregues através dos Correios. A ação criminosa estava ativa em estados como Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pará, Santa Catarina, Espírito Santo e São Paulo.
Conhecidos como “cogumelos mágicos”, esses fungi contêm psilocibina, uma substância psicodélica que pode alterar a percepção sensorial, a noção de tempo e espaço, além de provocar experiências emocionais e visuais intensas. Segundo o delegado responsável pela operação, os efeitos dessas substâncias são similares aos das drogas sintéticas e podem acarretar consequências graves, como psicose, transtornos mentais e até mesmo a desconexão da realidade.
O esquema utilizado pela organização criminosa envolvia a utilização das redes sociais e influenciadores para atrair clientes, especialmente jovens frequentadores de festas de música eletrônica. As drogas eram enviadas para todo o país através dos Correios, utilizando um modelo de negócio chamado dropshipping. A investigação revelou que a capacidade de produção da rede não era suficiente para atender a demanda, levando as autoridades ao centro da operação em Curitiba (PR), onde eram produzidos grandes volumes desses cogumelos.
O grupo investia em patrocínios de eventos, feiras e festivais de música eletrônica para promover e vender os cogumelos de forma direta aos consumidores. Influenciadores digitais e DJs eram recrutados para divulgar os produtos ilícitos nas redes sociais e eventos, gerando um lucro estimado em R$ 26 milhões em apenas um ano. Os responsáveis pelo esquema criminoso serão enquadrados em diversos crimes, incluindo tráfico de drogas qualificado, lavagem de dinheiro, participação em organização criminosa e outros.
Essa operação da Polícia Civil do DE evidencia a importância do combate ao tráfico de drogas e substâncias ilícitas, bem como a necessidade de monitoramento e controle das atividades criminosas que utilizam a internet como meio de atuação. A colaboração entre as autoridades e a sociedade é fundamental para a identificação e desmantelamento de organizações criminosas como essa, visando a segurança e o bem-estar da população brasileira.
Para mais informações sobre essa e outras notícias da região, visite o site do DE.
