Polícia Civil do DF desmonta esquema de venda de dados sigilosos

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PCDF desarticula grupo que vendia dados sigilosos de autoridades

Durante a ação, três suspeitos foram presos temporariamente nos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), deflagrou nesta semana a Operação Darkspot, com o objetivo de desmantelar uma associação criminosa especializada na venda ilegal de dados sigilosos de órgãos governamentais e de autoridades dos três Poderes e do Ministério Público.

Os administradores da plataforma ilegal foram encontrados e detidos em uma praia privativa no litoral catarinense, onde levavam um padrão de vida incompatível com a renda declarada. As investigações revelaram que o grupo operava um sofisticado esquema de comercialização de dados, por meio da plataforma clandestina “Max Buscas”. O sistema oferecia mais de 70 painéis de pesquisa, permitindo o acesso indevido a informações sigilosas de pessoas físicas e jurídicas, além de dados restritos de órgãos governamentais.

A estrutura da organização criminosa era altamente hierarquizada, incluindo administradores, fornecedores, revendedores, prepostos e clientes. A plataforma representava um grave risco à segurança das informações públicas, expondo cidadãos e autoridades ao vazamento de dados sensíveis. Os suspeitos responderão por três crimes, cujas penas somadas podem chegar a 17 anos de reclusão, além de multas. São eles: invasão de dispositivo informático, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Além das três prisões temporárias, a operação também cumpriu mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de equipamentos eletrônicos e documentos, veículos de luxo e R$ 108 mil em espécie. A Justiça determinou ainda o bloqueio de contas bancárias e ativos financeiros dos investigados e suspensão da plataforma “Max Buscas” e bloqueio dos domínios vinculados. A operação contou com o apoio do Instituto de Criminalística da DE, que realizou a preservação forense dos dados para subsidiar as investigações e futuras ações penais, além da colaboração da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

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