A Polícia Civil do RJ anunciou que vai investigar quem financiou o grupo suspeito de planejar a execução de um homem em situação de rua na cidade do Rio de Janeiro. O crime, que teria sido cometido com coquetéis molotov, foi planejado por um grupo liderado por Bruce Vaz, de 24 anos.
Durante as investigações, a delegada Maria Luiza Machado da 19ª DP (Tijuca) mencionou que os suspeitos recebiam dinheiro via Pix e que os nomes dos financiadores foram identificados. A polícia já deteve três pessoas e apreendeu um menor de idade no último domingo (20).
Os principais executoras do crime seriam Kayke Sant Anna Franco, de 19 anos, e Caio Nicholas Augusto Coelho, de 18 anos. Ambos foram responsáveis por planejar a execução em uma transmissão ao vivo no Discord, plataforma em que também atuavam como administradores.
Bruce Vaz, apontado como líder do grupo, planejava os eventos que aconteciam na plataforma. Além do ataque ao homem em situação de rua, ele chegou a planejar a execução de um coelho durante a Páscoa. Nas buscas em sua residência, a polícia encontrou a faca utilizada no crime e a pele de um animal.
O grupo se dizia ativista de proteção de animais da ONU e mediador de conflitos em países do Oriente Médio em guerra. No entanto, o secretário de Polícia Civil do RJ, delegado Felipe Curi, classificou Bruce Vaz como um psicopata, que adotava animais somente para dissecá-los ao vivo na plataforma Discord.
A Operação Desfaçatez foi fundamental para prender os suspeitos, que agiam em diversos locais do Rio de Janeiro, promovendo ataques de ódio contra negros, mulheres e adolescentes. A atuação da polícia em parceria com o Ciberlab da Senasp foi crucial para impedir a execução do crime a tempo e garantir a segurança da população carioca.