Polícia Civil evita sequestro de gerente de banco em Anápolis

Após um mês de investigações, a Polícia Civil conseguiu evitar o sequestro de um gerente de banco na cidade de Anápolis. O grupo criminoso que tentava realizar o ato era comandando por um homem já preso no Centro de Inserção Social (CIS) da cidade e identificado como Marcos Aurélio Ferreira Morais.

Segundo o delegado Alex Vasconcelos, titular do Grupo Antirroubo a Bancos (GAB)/DEIC, os criminosos já monitoravam a rotina do gerente, que seria provavelmente abordado nesta sexta-feira (25).

“Eles já haviam feito todo o monitoramento do gerente de uma instituição financeira localizada na Vila Jussara. Ao que tudo indica no dia posterior a sua prisão seria o dia que eles tentariam realizar a captura do gerente para extorqui-lo para que entregasse os valores que são mantidos na agência”, explicou o investigador.

Segundo ele, o detento passava ordens à sua esposa, Noemi dos Santos Teixeira, que por sua vez repassava os comandos ao restante da quadrilha.

Foram presos, além de Noemi, Wander Rodrigues de Oliveira, Diego Oliveira Nunes de Jesus, Renato Queiroz Batista. Uma ordem de prisão também foi nomeada a Marcos, mas como ele já estava preso, foi apenas conduzido à delegacia.
Para o delegado, chamou atenção no caso o fato da esposa estar fazendo o controle externo da quadrilha enquanto o marido se encontrava no presídio. Segundo ele, Noemi também era a responsável pelo transporte de armas, pois acreditava que podia chamar menos atenção.

Junto com o grupo foi aprendida uma espingarda calibre 12 que seria a arma utilizada para abordar o gerente.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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