A Polícia Civil fechou um laboratório clandestino de medicamentos para emagrecer, nesta terça-feira (15), na Região Leste de Belo Horizonte. Segundo a instituição, os remédios tinham como princípio ativo a substância tirzepatida, utilizada no Mounjaro. Três homens, de 25, 34 e 58 anos, foram autuados em flagrante pelo crime previsto no artigo 273 do Código Penal, que descreve como conduta ilícita falsificar, corromper ou adulterar produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais. Durante a operação, os policiais do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc) encontraram frascos, rótulos, caixas térmicas, seringas e ampolas prontas para comercialização.
Os investigadores do Diário do Estado localizaram também o escritório montado para a venda das canetas injetáveis que são usadas para ministrar a tirzepatida. Os produtos eram vendidos sem nota fiscal. A ação foi coordenada pela equipe da 1ª Delegacia de Combate ao Narcotráfico. As investigações continuam”, informou a Polícia Civil. O medicamento Mounjaro (tirzepatida) foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento da obesidade em 9 de junho. Ele é de uso controlado e só pode ser adquirido com prescrição médica e retenção de receita.
A caneta, concorrente do Ozempic (semaglutida), está sendo vendida no país desde maio, mas só estava permitida para o tratamento da diabete tipo 2. Com a nova medida, o medicamento passa a ser usado também para tratar a obesidade. A tirzepatida age no controle da taxa de açúcar no sangue e do peso de pacientes. De acordo com a fabricante, ela é a primeira medicação disponível e aprovada capaz de atuar nos receptores dos dois hormônios que agem no controle do apetite. Nos últimos 7 dias, os vídeos mais vistos do G1 Minas também estão disponíveis para visualização.