A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando a morte de Therezinha Lemos Yamada, irmã da socialite Regina Lemos Gonçalves, de 88 anos, para descobrir se o ex-motorista José Marcos Chaves Ribeiro está envolvido no caso. José Marcos é réu acusado de tentativa de feminicídio, sequestro, cárcere privado, violência psicológica e furto qualificado contra a socialite viúva de Nestor Gonçalves, fundador da famosa marca de cartas de baralho Copag. O casal não tinha filhos e a família acusa o ex-motorista de mantê-la isolada dentro do apartamento durante uma década, sem contato com amigos e parentes.
A irmã de Regina, Therezinha, faleceu em 2016 e as autoridades abriram uma investigação logo em seguida. A informação sobre a investigação foi veiculada pelo Jornal O Globo e confirmada pelo portal DE na manhã deste sábado (30) com o delegado responsável pelo caso e um representante da família. Na última terça-feira (26), a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro realizaram uma operação para prender José Marcos, que foi considerado foragido. O Disque Denúncia divulgou um cartaz pedindo informações sobre o paradeiro do ex-motorista.
O delegado Ângelo Lages, responsável pelas investigações, revelou que as contas de Regina foram zeradas e que a idosa está cheia de dívidas de IPTU e condomínio. Mesmo morando em um apartamento em Copacabana, quem assume as despesas é o irmão dela. Regina herdou um patrimônio de R$ 500 milhões na década de 1990. A polícia conseguiu recuperar uma imagem barroca avaliada em R$ 250 mil durante a operação de terça-feira, realizada em um dos endereços vinculados ao caso.
A polícia alega que o ex-motorista manteve Regina isolada de amigos e familiares por anos e passou a gerir seu patrimônio após um registro de união estável em 2021, alegando que ela tinha demência. A socialite foi internada com uma lesão na cabeça em 2021 e submetida a uma cirurgia, sem que a família fosse informada. José Marcos afirmou ter tido um relacionamento amoroso com Regina, enquanto ela nega as acusações. A defesa do ex-motorista se manifestará apenas quando tiver acesso à decisão judicial sobre o caso.