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Polícia Civil investiga possível fraude na Câmara Municipal de Goianésia

Última atualização 18/10/2021 | 15:47

Na última sexta-feira (15), a Polícia Civil cumpriu nove mandados de busca e apreensão durante a Operação Coroa de Flores, em Goianésia. A equipe da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (DERCAP) fez buscas na Câmara Municipal de Goianésia, em empresas e residências, incluindo a  do vereador que foi presidente da Câmara entre 2015 e 2020.

Além de documentos, foram encontradas seis armas: três na casa deste mesmo vereador e outras três na empresa MS  Locação, ligada a ele. A Polícia não divulgou o nome, mas nesta sexta-feira, Múcio Santana Martins, ex-presidente da Câmara, foi preso porque foram encontradas três armas de fogo em sua residência. 

Imagem: Polícia Civil de Goiás

Denúncia anônima

A Operação foi deflagrada depois de uma denúncia anônima. Segundo o delegado à frente do caso, José Antônio de Podestá, a Câmara Municipal adquiriu sem licitação, entre 2015 e 2020, coroas de flores da funerária Goiapax, que custaram em torno de 150 mil reais ao todo. “A busca e apreensão encontrou documentos que comprovam que, de fato, o vereador é o real proprietário da funerária”, afirma o delegado. Oficialmente, a empresa está no nome  de outros sócios, entre eles o genro do vereador. 

Além de não ter licitação na compra, a Polícia Civil suspeita que as coroas de flores não chegaram à Câmara. “As informações são de que, realmente, a funerária nunca trabalhou com confecção de flores. As buscas revelaram que não tem nenhum local para serem confeccionadas, não tem câmara fria para conservar”, explica o delegado. 

A Operação Coroa de Flores está na fase final e a Polícia Civil vai indiciar o vereador por fraude em licitação, associação criminosa e peculato. Se somadas, as penas máximas podem chegar a 19 anos de prisão. Os sócios da funerária também devem ser indiciados. No total, são quatro pessoas e cinco empresas envolvidas.

Outra empresa suspeita

A Polícia Civil também suspeita de irregularidades na contratação da NETO Construtora, empresa que prestou serviços para a Câmara Municipal por meio de dispensa de licitação. O proprietário da construtora é o genro do ex-presidente da Câmara de Goianésia, oficialmente um dos sócios da funerária Goiapax.